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Cientistas dizem atrasar envelhecimento em mais de 80% com nova fórmula

Pesquisa utilizou células da levedura Saccharomyces cerevisiae como modelo para o envelhecimento humano

5 mai 2023 - 11h17
(atualizado às 11h17)
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O envelhecimento se nota principalmente pela perda de volume no rosto
O envelhecimento se nota principalmente pela perda de volume no rosto
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA) afirmam ter decifrado os mecanismos essenciais por trás do envelhecimento. Eles descobriram uma solução capaz de retardar esse processo em mais de 80%. Os resultados foram descritos em um estudo, publicado em 28 de abril, na revista Science.

Usando biologia sintética, a equipe de cientistas conseguiu projetar uma solução que impede que as células atinjam seus níveis normais de deterioração associados ao envelhecimento

As células, incluindo as de leveduras, plantas, animais e humanos, contêm circuitos reguladores de genes responsáveis por muitas funções fisiológicas, incluindo o envelhecimento.

Como explicou o professor Nan Hao, autor sênior do estudo e codiretor do Instituto de Biologia Sintética da universidade, esses circuitos de genes podem operar como nossos circuitos elétricos domésticos que controlam dispositivos como eletrodomésticos e automóveis.

Processo de envelhecimento

  • Durante as pesquisas, cientistas descobriram que as células seguem uma cascata de mudanças moleculares ao longo de toda a sua vida até que eventualmente se degenerem e morram;
  • No entanto, também perceberam que células do mesmo material genético e dentro do mesmo ambiente podem viajar por rotas distintas de envelhecimento; 
  • Cerca de metade das células envelhece devido a um declínio gradual na estabilidade do DNA, onde a informação genética é armazenada; 
  • A outra metade envelhece ao longo de um caminho ligado ao declínio das mitocôndrias, as unidades de produção de energia das células.

Retardando o envelhcimento

A equipe estudou as células de levedura Saccharomyces cerevisiae como modelo para o envelhecimento humano. Com isso, pesquisadores desenvolveram um protótipo e modificaram geneticamente o circuito que controla o envelhecimento celular.

No estudo atual, as células de levedura que foram religadas sinteticamente e envelhecidas sob a direção do dispositivo oscilador sintético resultaram em um aumento de 82% na vida útil em comparação com as células de controle que envelheceram em circunstâncias normais. 

Os resultados revelaram “a extensão de vida útil mais pronunciada em leveduras que observamos com perturbações genéticas”, escreveram. 

Fonte: Redação Byte
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