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Rio+20: Paraguai pede mudança em modelo econômico

20 jun 2012 - 17h18
(atualizado às 18h10)
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O Paraguai pediu nesta quarta-feira, na cúpula Rio+20, uma mudança no modelo econômico mundial e na soberania sobre os recursos naturais, de forma que os países pobres possam alcançar um desenvolvimento sustentável.

"Defendemos uma integração energética solidária baseada na soberania dos recursos naturais de nossos países e na transferência de tecnologias limpas que contribuam para o desenvolvimento de nossos povos", disse o chanceler paraguaio, Jorge Lara Castro.

O ministro das Relações Exteriores discursou na primeira sessão plenária da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável Rio+20, onde o Paraguai foi o primeiro país latino-americano a falar. O Segmento de Alto Nível da conferência foi inaugurado hoje pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e pela presidente brasileira, Dilma Rousseff.

Na ocasião, Lara culpou o modelo econômico da atual crise mundial, por não ter dado prioridade à natureza, mas sim aos mercados. "A natureza não pode ser tratada como uma mercadoria submetida às leis do mercado ou como uma oportunidade de negócios. Os acordos internacionais e as políticas públicas devem proteger os recursos naturais e seu uso sustentável", disse o ministro.

Castro disse também que a América do Sul tem muitos recursos naturais estratégicos e é uma das principais fontes provedoras de alimentos e matérias-primas para todo o mundo. No entanto, o chanceler destacou que o modelo econômico priorizou as necessidades do mercado internacional frente às sociais.

"A América do Sul abastece o mundo, no entanto grande parte da população da região sofre, passa fome e vive em condições de extrema pobreza", ressaltou o chanceler. O ministro ainda falou que a região está diante do desafio de concretizar a recuperação soberana dos recursos naturais e energéticos para avançar na questão da soberania.

O chanceler representa o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, na Rio+20. O governante desistiu na última terça-feira de participar da Cúpula por causa de um confronto armado entre policiais e trabalhadores rurais que causou a morte de 17 pessoas na sexta-feira passada durante o despejo de uma fazenda ocupada por um grupo de "sem-terra".

Sobre a Rio+20

Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.

Depois do período em que representantes de mais de 100 países discutiram detalhes do documento final da Conferência, o evento se prepara para ingressar na etapa definitiva. De hoje até sexta, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Rio+20 com a presença de diversos chefes de Estado e de governo de países-membros das Nações Unidas.

Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não estarão presentes, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Além disso, houve impasse em relação ao texto do documento definitivo. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro.

EFE   
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