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Pesquisa

Viciados em cocaína podem sofrer miocardite sem ter sintomas

20 jun 2011 - 12h30
(atualizado às 12h56)
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O abuso da cocaína pode provocar danos no coração, como miocardite - que pode levar a um infarto -, muitas vezes sem que a pessoa apresente os sintomas, indica um estudo divulgado nesta segunda-feira pela publicação médica British Medical Journal (BMJ).

Segundo os autores da pesquisa, as autópsias revelam que um em casa cinco viciados em cocaína tem miocardite - inflamação do miocárdio - e acredita-se que um quarto dos infartos não mortais nas pessoas menores de 45 anos esteja associado ao consumo de cocaína.

Os especialistas afirmam que a miocardite costuma provocar dores no peito e pode resultar em infartos mortais. Os pesquisadores quiseram determinar se existiam provas tangíveis de danos ao coração entre os consumidores a longo prazo de cocaína que não tinham histórico de doenças coronárias nem sintomas de problemas no coração.

Assim, fizeram um acompanhamento da saúde de 30 viciados na droga que a consumiam há anos e que tinham se internado em um centro de reabilitação. No grupo havia 25 homens e cinco mulheres com uma idade média de 37 anos e 20% deles estavam infectados com hepatite C ou com o HIV, revelou o estudo.

A metade dos viciados consumia também outras substâncias, como opiáceos e álcool, e tinha consumido durante uma média de 12 anos aproximadamente 5,5 g de cocaína por dia. Os autores fizeram uma série de teste para detectar qualquer anormalidade na função do coração, como níveis de elementos químicos no organismo, testes físicos e ressonâncias magnéticas.

Embora a função do coração fosse normal em todos os casos, em 12 foram detectadas anomalias localizadas e uma alta prevalência (83%) de danos estruturais. Quase a metade das pessoas examinadas apresentava edema do ventrículo inferior esquerdo, fato que foi associado a um maior consumo de cocaína.

As ressonâncias magnéticas também mostraram danos no tecido (fibrose) em 73% dos viciados na droga, possivelmente como resultado de um infarto silencioso. Os pesquisadores lembram que o edema é sinal de um dano recente e reversível, mas que o mesmo não se dá com a fibrose.

Os autores constatam que o abuso de múltiplas drogas poderia ter contribuído para o tipo de dano detectado nos viciados em cocaína, mas advertem que isso não explicaria todos os casos.

O primeiro americano a receber um transplante total de rosto fez sua primeira aparição pública após a cirurgia no dia 9 de maio de 2011
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Foto: Reuters
EFE   
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