Estudo alerta para possibilidade de extinção em massa na Terra
2 mar2011 - 12h27
(atualizado às 13h18)
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A raça humana pode ter provocado a sexta onda de extinções em massa na Terra, de acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira pela revista Nature. Ao longo dos últimos 540 milhões de anos, cinco extinções em massa de espécies foram causadas por fenômenos naturais.
As novas ameaças, entretanto, são fruto da ação humana: a redução dos hábitats, a caça e pesca excessivas, a disseminação de germes e vírus, a introdução de espécies e as mudanças climáticas provocadas pela emissão de gases causadores do efeito estufa.
Evidências coletadas em fósseis sugerem que, nas cinco grandes extinções anteriores, 75% de todas as espécies animais simplesmente desapareceram.
Paleobiólogos da Universidade da Califórnia em Berkeley estudaram a situação da biodiversidade nos dias de hoje, utilizando como barômetro as espécies de mamíferos. Até a grande expansão da humanidade, há cerca de 500 anos, a extinção de mamíferos era muito rara: em média, apenas duas espécies pereciam a cada milhão de anos.
Nos últimos cinco séculos, entretanto, pelo menos 80 das 5.570 espécies conhecidas de mamíferos foram extintas, um claro sinal de alarme para os riscos à biodiversidade. "Parece que os níveis modernos de extinção se assemelham ao patamar registrado pelas extinções em massa, mesmo depois do nível mínimo para definir uma extinção em massa ter sido ampliado", disse o pesquisador Anthony Barnosky.
Este cenário torna-se ainda mais assustador com a quantidade de mamíferos incluídos nas categorias "risco crítico" e "ameaça" da Lista Vermelha da biodiversidade, atualizada pela União Internacional pela Preservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
Na hipótese de todas estas espécies terminarem extintas sem que a redução da biodiversidade seja combatida, "a sexta extinção em massa pode chegar dentro de pouco tempo, daqui a entre três e 22 séculos", afirmou Barnosky.
Ondas de extinção
Comparada às outras cinco grandes, esta seria a mais rápida extinção em massa já documentada. Quatro destas ondas de extinção ocorreram num lapso estimado de centenas de milhares e até milhões de anos, e foram causadas principalmente por aquecimento ou resfriamento global provocados naturalmente.
A extinção mais abrupta já estudada pela ciência aconteceu no fim do período Cretáceo, há cerca de 65 milhões de anos, quando um cometa ou asteróide caiu sobre a península de Yucatán, no atual México, provocando tempestades de fogo cujas cinzas resfriaram o planeta. Os cientistas estimam que este evento tenha sido responsável pela extinção de 76% das espécies que habitavam a terra, incluindo os dinossauros.
Incertezas
Os autores do estudo, entretanto, admitem algumas fraquezas de seu trabalho. Eles reconhecem, por exemplo, que os registros fósseis disponíveis são pouco completos, e que os mamíferos são um marco referencial imperfeito para medir a biodiversidade da Terra. Além disso, estimam que serão necessários estudos mais profundos para confirmar sua hipótese.
Por outro lado, os próprios pesquisadores indicam que suas estimativas são conservadoras, e alertam que uma extinção em grande escala teria um impacto inimaginável sobre a vida humana. "A recuperação da biodiversidade (após uma extinção em massa) não ocorrerá dentro de um período de tempo familiar às pessoas", afirma o estudo.
"A evolução de novas espécies geralmente leva pelo menos centenas de milhares de anos, e a recuperação de episódios de extinção em massa provavelmente acontece em uma escala de tempo que engloba milhões de anos".
Mesmo assim, os pesquisadores apontam que ainda é possível ter esperança. "Até agora, apenas 1 ou 2% de todas as espécies foram extintas nos grupos que conhecemos claramente, então estes números indicam que não estamos tão avançados assim na estrada para a extinção. Ainda temos muita biodiversidade para salvar", indicou Barnosky.
Mesmo assim, "é muito importante que dediquemos recursos e adotemos leis e normas para proteger as espécies, se não quisermos ser a espécie cujas atividades provocou uma extinção em massa". Até hoje, 1,9 milhão de espécies foram identificadas e documentadas pela ciência, entre 16.000 e 18.000 - a maioria, seres microscópicos - são descobertas a cada ano.
Filhotes de leão branco brincam em zoo de Buenos Aires
Foto: Leo La Valle / EFE
Os filhotes são apresentados com 45 dias de vida
Foto: Leo La Valle / EFE
Leoa protege os filhotes durante a apresentação
Foto: Leo La Valle / EFE
Tratador mostra filhote ao público
Foto: Leo La Valle / EFE
Filhote mostra os dentes para o público
Foto: Leo La Valle / EFE
Os leões brancos são raros na natureza, mas podem ser encontrados na África do Sul
Foto: Leo La Valle / EFE
Os filhotes terão seus nomes escolhidos em votação realizada pelas crianças que visitam o zoológico
Foto: Leo La Valle / EFE
Extinto na natureza, o leão do Atlas - a maior subespécie de leão - só pode ser encontrado em zoológicos
Foto: EFE
Filhotes de guepardo são apresentados em uma das instalações do Zoológico Nacional dos Estados Unidos, em Front Royal
Foto: AP
A instituição comemorou o nascimento, já que considera a espécie um símbolo da luta pela preservação da natureza
Foto: AP
Segundo a instituição, estima-se que existam entre 7,5 mil e 10 mil guepardos na natureza
Foto: AP
O animal está na lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês)
Foto: AP
Ainda de acordo com o zoo, o Plano Norte-Americano de Sobrevivência de Espécies (SSP, na sigla em inglês), em conjunto com a Associação de Zoos e Aquários (AZA), tenta pela primeira vez tornar a população de guepardos no país autossustentável
Foto: AP
Atualmente, muitos zoológicos importam esses animais de países africanos pela falta de oferta dentro dos Estados Unidos
Foto: AP
Leões brancos brincam em zoológico da Holanda
Foto: AFP
Animais raros são originários da África do Sul
Foto: AFP
Os quatro leões ficaram 10 semanas em quarentena até serem liberados para brincar no zoológico
Foto: Reuters
O macho - chamado de Credo - é quatro meses mais velho que as fêmeas
Foto: Reuters
As fêmeas são chamadas de Ilanga, Bhandura e Luna e têm 10 meses
Foto: Reuters
Leões podem ser vistos pela primeira vez
Foto: Reuters
Animais são apresentados no zoo de Rhenen
Foto: Reuters
Eles ficaram 10 semanas em quarentena em outro zoo, o Ouwehands
Foto: Reuters
De acordo com a organização WWF, os leões brancos não são uma espécie separada de leão
Foto: Reuters
A cor incomum é causada por uma alteração genética
Foto: Reuters
Filhote de canguru da espécie Dendrolagus matschiei é apresentado nos EUA
Foto: Ray Meibaum/Saint Louis Zoo / Divulgação
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), a espécie está ameaçada de extinção
Foto: Ray Meibaum/Saint Louis Zoo / Divulgação
De acordo com o zoo de Saint Louis, chama a atenção na espécie o fato de ela viver em árvores, ao contrário da maioria dos cangurus
Foto: Ray Meibaum/Saint Louis Zoo / Divulgação
O zoo afirma que a Dendrolagus matschiei vive em florestas de regiões montanhosas da Nova Guiné e se adaptou a subir nos troncos graças a suas longas garras nas quatro patas
Foto: Ray Meibaum/Saint Louis Zoo / Divulgação
A famosa habilidade de salto dos cangurus também ajuda a pular entre as árvores
Foto: Ray Meibaum/Saint Louis Zoo / Divulgação
A dieta consiste basicamente de folhas e brotos. São animais solitários. Como todo canguru, são marsupiais e o filhote costuma ficar na bolsa da mãe até os 10 meses. Ele ainda vive com a mãe por mais um ou dois meses e, quando está completamente desenvolvido, a deixa para estabelecer seu próprio território
Foto: Ray Meibaum/Saint Louis Zoo / Divulgação
Os guaxinins albinos Snowball e Nell foram apresentados ao lado de um animal com pigmentação normal
Foto: AP
Macaco de espécie rara nasceu em Tel Aviv, em Israel
Foto: Ariel Schalit / AP
Na Rússia, um tigre de Bengala branco ganhou nova casa
Foto: Reuters
Khan foi levado do zoo de Novosibirsk para Krasnoyarsk, ambas cidades da Sibéria
Foto: Reuters
O jovem animal é fruto de um "intercâmbio" entre um tigre francês e uma tigresa de moscou
Foto: Reuters
Segundo o estabelecimento de Krasnoyarsk, ele receberá uma casa maior e com melhor aquecimento
Foto: Reuters
O tigre branco é uma variação de cor da subespécie tigre de Bengala (Panthera tigris tigris). No último dia 24, representantes dos 13 países onde o tigre ainda vive terminaram em tom de otimismo uma cúpula para salvar o animal, com diversas promessas, inclusive a de desbloquear US$ 380 milhões ao longo de cinco anos para pôr em marcha um plano de ação mundial
Foto: Reuters
Os animais são brancos devido a um gene recessivo
Foto: Divulgação
Os espécimes brancos raramente são encontrados na natureza
Foto: Divulgação
A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) considera a subespécie ameaçada de extinção
Foto: Divulgação
A IUCN estima que existem cerca de 1,4 mil animais na Índia
Foto: Divulgação
A maior parte da população fica na Índia
Foto: Divulgação
A dieta do animal no zoo consiste principalmente em peixe, carne vermelha e leite
Foto: Divulgação
No zoo de Cincinnati, um par de filhotes de puma passou por exames
Foto: AP
Segundo o zoo, os dois são muito próximos e relutaram em serem separados para os exames
Foto: AP
Os filhotes têm oito semanas de vida
Foto: AP
A ave é a quinta a nascer na Espanha, uma vitória ambiental para esta espécie extinta em seu habitat natural
Foto: EFE
A rainha Sofia, da Espanha, visita em Madrid um par de filhotes de panda gigante
Foto: Reuters
Pandas gigantes costumam ser separados de sua família em zôos, pois vivem sozinhos na natureza, mas não foi esse o caso dos gêmeos e sua mãe
Foto: EFE
A inseminação artificial para nascimentos de pandas é uma prática realizada para tentar a salvação da espécie
Foto: Reuters
Menos de 1,6 mil pandas gigantes vivem na natureza atualmente
Foto: Reuters
Aproximadamente 280 vivem em zoológicos
Foto: Reuters
Pandas normalmente nascem com cerca de 10 cm de peso entre 90 g e 130 g. Quando adultos, podem chegar a 1.5 m e 150 kg
Foto: EFE
Os pandas seguem em incubadoras desde o nascimento
Foto: Reuters
Ela viu os pandas serem alimentados por enfermeiras
Foto: Reuters
Mas depois não resistiu e também os alimentou
Foto: Reuters
A rainha não escondeu a alegria ao segurar os pandas
Foto: Reuters
Rainha beija panda
Foto: EFE
Filhote de leopardo-das-neves olha tronco de árvore em zoo na Alemanha. Fêmea, é um dos três filhotes que nasceram em cativeiro em maio de 2010
Foto: AFP
O leopardo-das-neves pode ser encontrado em áreas montanhosas da Ásia Central, inclusive nos arredores do monte Everest
Foto: AFP
No verão, pode ser encontrado em altitudes acima de 5 mil metros
Foto: AFP
Suas presas variam entre aves e roedores
Foto: AFP
É considerado um animal em extinção, pois partes de seu corpo, como os ossos, são usadas na medicina asiática
Foto: AFP
Segundo a organização WWF, quando adulto, esse leopardo pesa entre 35 e 40 kg (fêmea) ou entre 45 e 55 kg (machos)
Foto: AFP
Ainda de acordo com a WWF, essa espécie pode atingir até 130 cm de comprimento e 60 cm de altura
Foto: AFP
Filhote negro de leopardo de Amur passa por exames médicos no zoo de Hodenhagen
Foto: EFE
Segundo informações da agência EFE, este tipo de leopardo, de pele negra, é extremamente raro
Foto: Divulgação
A espécie está ameaçada de extinção, restam somente cerca de 35 exemplares que vivem na natureza
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Os leopardos com a pelagem negra são conhecidos como melanísticos, termo que deriva da palavra "melanina", um pigmento colorido escuro da pele e do cabelo
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O felino habita as florestas da Rússia, China e Coréia do Norte, mas a caça ilegal, o desmatamento e outras atividades humanas limitaram seu habitat a uma área de 400 mil hectares nas florestas ao redor do lago Jasan, em Primorie, informou a WWF
Foto: Divulgação
O filhote negro de leopardo de Amur chamado Exame chamou a atenção no zoo
Foto: Reuters
Leopardos com a pelagem negra são mais comuns em florestas densas do Sudeste Asiático
Foto: Reuters
Eles constituem uma variação individual e não são uma espécie ou subespécie distinta
Foto: Reuters
Segundo informação da organização WWF, acredita-se que a coloração escura seja uma camuflagem perfeita no interior das florestas em condições onde há pouca luz solar, o que pode ser uma grande vantagem na hora da caça
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A WWF afirma que iniciativas de preservação do habitat podem salvar a espécie
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A espécie aparece na Lista Vermelha da União Internacional da Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) como "criticamente ameaçado"
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Filhote de leopardo de Amur passa por check-up no zoo de Leipzig, na Alemanha
Foto: EFE
Fêmea nasceu no dia 24 de junho de 2010 e pesa 2,8 kg
Foto: AP
Restam apenas 44 leopardos de Amur vivendo em liberdade
Foto: AP
Segundo a organização WWF, a subespécie corre risco por causa da perda de seu habitat e da do conflito com o ser humano
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A subespécie se diferencia pelas rosetas grandes e com bordas grossas no pelo