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Nova espécie de tiranossauro pode ser maior que o T. rex

Após descobrir que crânio de T. rex encontrado nos EUA pertencia, na verdade, à nova espécie, cientistas a descrevem e dizem que pode ser até maior que o primo

15 jan 2024 - 21h21
(atualizado em 16/1/2024 às 12h36)
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Cientistas revelam nova espécie de tiranossauro na América do Norte ao descobrir que um fóssil, que parecia ser de um Tyrannosaurus rex, pertencia a um animal diferente. O parente do gigante do Cretáceo foi batizado pelos paleontólogos como Tyranossaurus mcraeensis após décadas de identificação errônea, e pode ser até maior do que o primo mais famoso.

Foto: Sergey Krasovskiy / Canaltech

A identificação foi feita a partir de um crânio parcial fossilizado encontrado em 1983, nos Estados Unidos, na Formação Hall Lake do estado do Novo México. Os restos calcificados ficaram em exibição no Museu de História Natural e Ciência do Novo México (NMMNHS) desde então, descrito como sendo de um T. rex, mas, em 2013, uma equipe resolveu reavaliar o item após notar diferenças curiosas no formato craniano.

Local onde foi encontrado o fóssil do Tyrannosaurus mcraeensis e detalhes de seu crânio (Imagem: Dalman et al./Scientific Reports)
Local onde foi encontrado o fóssil do Tyrannosaurus mcraeensis e detalhes de seu crânio (Imagem: Dalman et al./Scientific Reports)
Foto: Canaltech

Em um estudo publicado no periódico científico Scientific Reports na última quinta-feira (11), os pesquisadores, tanto do museu quanto de universidades de todo o país, descrevem a espécie, que foi datada entre 73 milhões e 71 milhões de anos atrás, vivendo durante o período Cretáceo, que viu a queda dos dinossauros há 66 milhões de anos. O novo parente do tiranossauro rex seria, então, entre 3 milhões e 5 milhões de anos mais velho do que o "rei dos dinossauros".

Um tiranossauro maior e mais velho

A diferença de idade foi, inclusive, o que deu a principal pista de que o crânio não era de um T. rex. Outras diferenças, no entanto, marcam presença, como o formato da mandíbula inferior, mais esguia e curvada do que a da espécie mais famosa, como conta o co-autor do estudo Nick Longrich ao site Live Science. Ele também não apresenta as saliências e pequenos chifres do tiranossauro rex, e ainda possui menos dentes.

O tamanho do crânio indica um tamanho aproximado ao de um adulto típico da espécie prima, com cerca de 12 metros de comprimento. Outros exemplares, no entanto, poderiam ter sido maiores, segundo comenta Longrich. Segundo ele, como só foi encontrado um espécime, é improvável que seja o maior da espécie.

A mandíbula inferior do Tyrannosaurus mcraeensis, que se diferencia bastante da do T. rex (Imagem: Dalman et al./Scientific Reports)
A mandíbula inferior do Tyrannosaurus mcraeensis, que se diferencia bastante da do T. rex (Imagem: Dalman et al./Scientific Reports)
Foto: Canaltech

O T. mcraeensis provavelmente foi um superpredador em sua época, como o T. rex. Então, caso tenham coexistido, as espécies teriam enfrentado um páreo duro. A maioria dos tiranossauros vivia exclusivamente em um antigo continente conhecido como Laramidia, que consistia do que é hoje a costa oeste da América do Norte, do estado americano do Alasca ao México.

Seus parentes mais próximos são o Tarbosaurus bataar e o Zhuchengtyrannus magnus, encontrados nos atuais territórios da China e da Mongólia. Como são mais antigos do que o T. rex, há teorias de que os tiranossauros teriam surgido na região, mas o encontro da nova espécie no Novo México desafia essa hipótese.

Fonte: Scientific Reports com informações de Live Science

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