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Experiência do Big Bang poderá revelar universo escuro

8 mar 2010 - 14h48
(atualizado às 17h31)
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A matéria escura, que os cientistas acreditam que forme até 25% do universo, mas cuja existência nunca foi provada, poderá ser detectada pelo acelerador de partículas gigante da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (Cern), disse nesta segunda-feira o diretor-geral do centro de pesquisas.

Rolf-Dieter Heuer afirmou em uma entrevista coletiva que alguma evidência da matéria poderá surgir até mesmo no curto prazo a partir do acelerador de partículas destinado a recriar as condições do Big Bang, o nascimento do universo ocorrido há cerca de 13,7 bilhões de anos.

"Não sabemos o que é a matéria escura", disse Heuer, diretor do Cern que fica na fronteira entre Suíça e França, nas proximidades de Genebra. "Nosso Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) poderá ser a primeira máquina a nos dar um insight sobre o universo escuro", disse ele. "Estamos abrindo a porta para a Nova Física, para um período de descobertas."

Astrônomos e físicos afirmam que apenas 5% do universo é conhecido atualmente e que o remanescente invisível consiste de matéria escura e de energia escura, que formam cerca de 25% e 70%, respectivamente. "Se formos capazes de detectar e compreender a matéria escura, nosso conhecimento vai se expandir para abarcar 30 por cento do universo, um enorme passo adiante", afirmou Heuer.

O LHC, a maior experiência científica do mundo centralizada num túnel subterrâneo oval de 27 quilômetros, está atualmente em atividade para, até o final do mês, colidir partículas com a maior energia já alcançada.

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