Estudo indica como se formaram primeiros sólidos do Sistema Solar
1 nov2012 - 16h01
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Um estudo divulgado nesta quinta-feira na revista Science indica que os primeiros materiais sólidos do Sistema Solar, chamados de côndrulos e de "inclusões ricas em cálcio e alumínio" (CAIs, na sigla em inglês), se formaram na mesma época, há 4,567 bilhões de anos. Estudos anteriores indicavam que os côndrulos começaram a se formar de um a dois milhões de anos após os CAIs, o que indicava que podem ter ocorrido dois mecanismos separados ou fontes de calor na formação desses materiais.
Segundo os pesquisadores, os primeiros materiais sólidos do Sistema Solar foram formados na região mais interna do disco protoplanetário
Foto: Divulgação
Antes da formação do que hoje conhecemos como Sistema Solar, tínhamos um grande disco protoplanetário - um conjunto de gás. Aos poucos, foram formados grãos de poeira que, ao se aglomerar, dariam origem aos gigantescos planetas, asteroides e outros corpos. "O único registro dos estágios de formação do nosso Sistema Solar vem dos primeiros sólidos preservados do disco protoplanetário e que agora residem em CAIs e côndrulos milimétricos presentes em meteoritos", explica o artigo assinado por pesquisadores da Dinamarca, Havaí e Rússia.
Os pesquisadores afirmam ainda que os dados indicam que a formação desses materiais foi rápida (em escala cósmica) - durou cerca de 3 milhões de anos. "CAIs se formaram como finos grãos condensados em uma nuvem de gás de composição parecida com a do Sol e em um ambiente de alta temperatura - acima de 1,3 mil °C (...) Em contraste, a maioria dos côndrulos representa agregados de poeira aglutinada que foram rapidamente fundidos e esfriados em regiões de menor temperatura - menos que 727°C - e muita pressão", diz o artigo.
O estudo indica que esses processos são similares a alguns observados em outros discos protoplanetários observados por telescópios - o que indica que os eventos de formação de côndrulos e CIAs não foi exclusivo do Sistema Solar.
Registro das antenas do Alma mostram uma espiral ao redor da gigante vermelha R Sculptoris. Essa estrutura nunca havia sido registrada. Ao redor dela, é possível ver uma concha (que aparece na imagem como um anel) de poeira é gás. Leia mais
Foto: Alma (ESO/NAOJ/NRAO) / Divulgação
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Foto: ESO / Divulgação
O registro do Chandra (em rosa, no centro da nebulosa) é combinado a uma observação de um telescópio óptico. Leia mais
Foto: Nasa / Divulgação
Ilustração mostra o interior do planeta 55 Cancri, que seria composto por grafite e diamanteLeia mais
Foto: Reuters
Concepção artística mostra planeta em sistema com quatro estrelas. É o primeiro planeta desse tipo conhecido e, curiosamente, foi descoberto por astrônomos amadoresLeia mais
Foto: Haven Giguere/Yale/Nasa / Divulgação
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Foto: ESO/L. Calçada / Divulgação
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Foto: Reprodução
Dragon pousa no Oceano Pacífico após sua primeira missão de levar carga à ISS. Leia mais
Foto: Reuters
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Foto: Nasa/JPL-Caltech/Space Science Institute / Divulgação
Uma equipe internacional de astrônomos criou um catálogo de mais de 84 milhões de estrelas situadas nas partes centrais da Via Láctea. Esta base de dados contém dez vezes mais estrelas que estudos anteriores. A imagem acima foi obtida com o telescópio de rastreio Vista, instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile, e tem 108,2 mil por 81,5 mil pixels, num total de quase 9 bilhões de pixels. Ela foi criada ao combinar milhares de imagens individuais do telescópio
Foto: ESO/VVV Consortium / Divulgação
A maioria das galáxias espirais, incluindo a Via Láctea, possui uma grande concentração de estrelas velhas que rodeiam o centro, zona a que os astrônomos chamam de bojo
Foto: ESO/Nick Risinger / Divulgação
Esta imagem compara o mosaico infravermelho obtido pelo Vista com um mosaico visível da mesma região obtido com um telescópio pequeno. Como o Vista tem uma câmera sensível à radiação infravermelha, consegue ver através da maior parte da poeira que obscurece a visão, fornecendo uma vista desimpedida das estrelas que se situam nas regiões centrais da Via Láctea
Foto: ESO/Nick Risinger / Divulgação
Esta visão em infravermelho mostra diversas nebulosas e aglomerados. Na imagem, podem ser vistas a Messier 8 (conhecida como a Nebulosa da Lagoa), a Messier 20 (a Nebulosa Trífida), NGC 6357 (Nebulosa Guerra e Paz) e NGC 6334 (Pata de Gato). Os demais objetos marcados são aglomerados globulares
Foto: ESO/VVV Consortium / Divulgação
Nave Soyuz TMA-06M com tripulação da Estação Espacial Internacional, o astronauta Kevin Ford (EUA), os cosmonautas Oleg Novitskiy e Evgeny Tarelkin (Rússia), é lançada do cosmódromo de Baikonur
Foto: Reuters
Tripulação da nave Soyuz TMA-06M conversou com os familiares por telefone após chegar à ISS