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Bolívia irá contestar acordo da COP-16 na corte de Haia

11 dez 2010 - 08h50
(atualizado às 17h03)
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A Bolívia anunciou neste sábado que recorrerá à Corte Internacional de Justiça de Haia para contestar o resultado da 16ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-16), por considerar que o acordo final do evento violou o regulamento da ONU na aprovação de seus documentos finais.

"Vamos recorrer às instâncias legais correspondentes ao marco da Convenção (sobre Mudança Climática) que claramente estabelece que, nestes casos, a Corte Internacional de Justiça é a instância que se pronuncia", disse à agência Efe o embaixador boliviano na ONU, Pablo Solón.

A conferência sobre o clima adotou um pacote de medidas de combate ao aquecimento global na madrugada deste sábado, ao final de uma longa noite de debates, durante a qual Solón insistiu em rejeitar o acordo. Apesar de sua oposição, a Bolívia foi ignorada pelos outros países em sua defesa de maiores esforços contra o aquecimento global.

"Somos representantes de um país pequeno, mas um país que tem princípios, que não vende sua soberania, que fala para os povos do mundo, e por isso não estamos de acordo com esta decisão", declarou Sólon, alegando que os acordos de Cancún não atendem às exigências da luta contra o aquecimento global.

Os acordos aprovados estabelecem a criação de um multibilionário fundo verde para ajudar os países pobres a lidar com o aquecimento global, enquanto foi mantida a expectativa de renovar o Protocolo de Kioto, que obriga os países ricos a reduzirem suas emissões, além do lançamento de um mecanismo que fornecerá apoio financeiro aos países para combater o desmatamento.

EFE   
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