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A premiada foto de cometa que nunca mais será visto na Terra

As imagens vencedoras das partes misteriosas e belas do nosso universo estão em exibição em Londres, no Reino Unido.

16 set 2022 - 09h40
(atualizado às 09h46)
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Evento de desconexão de cometa ganhou o prêmio de Fotografia de Astronomia do Ano
Evento de desconexão de cometa ganhou o prêmio de Fotografia de Astronomia do Ano
Foto: Gerald Rhemann / BBC News Brasil

Uma fotografia rara de um cometa que nunca mais será visto da Terra ganhou um prestigioso prêmio de fotografia.

A imagem mostra um pedaço da cauda do cometa Leonard se partindo e sendo levado pelo vento solar.

O cometa fez uma breve aparição próximo à Terra depois de ser descoberto em 2021, mas agora deixou o nosso Sistema Solar.

O Observatório Real de Greenwich, em Londres, realiza a competição de Fotografia de Astronomia do Ano e classificou a imagem como "surpreendente".

As imagens farão parte de uma exposição no Museu Nacional Marítimo, em Londres, a partir de sábado (17/9).

"Os cometas parecem diferentes de hora em hora — são coisas muito surpreendentes", explicou o fotógrafo vencedor Gerald Rhemann, de Viena, na Áustria.

A foto foi tirada em 25 de dezembro 2021 de um observatório na Namíbia, que abriga alguns dos céus mais escuros do mundo.

Rhemann não tinha ideia de que a cauda do cometa se desconectaria, deixando um rastro de poeira cintilante atrás.

"Fiquei absolutamente feliz em tirar a foto. É o ponto alto da minha carreira de fotógrafo", contou à BBC News.

O astrônomo Ed Bloomer, que foi um dos juízes da competição, disse que a imagem é uma das melhores fotografias de cometas da história.

"A astrofotografia perfeita é a colisão da ciência e das artes. A foto vencedora não é só tecnicamente sofisticada e projeta o espectador no espaço escuro profundo, como também é visualmente cativante e emotiva", descreveu Hannah Lyons, assistente de arte dos Museus Reais de Greenwich à BBC News.

Os juízes analisaram mais de 3 mil inscrições de todo o mundo.

Galáxia de Andrômeda - Vencedora do prêmio Jovem Fotógrafo de Astronomia do Ano
Galáxia de Andrômeda - Vencedora do prêmio Jovem Fotógrafo de Astronomia do Ano
Foto: Yang Hanwen, Zhou Zezhen / BBC News Brasil

Para a imagem vencedora na categoria Jovem Fotográfo de Astronomia do Ano, os chineses Yang Hanwen e Zhou Zezhen, ambos com 14 anos, trabalharam juntos para fotografar Andrômeda, uma das galáxias vizinhas mais próximas da Via Láctea.

A imagem mostra as cores impressionantes de uma galáxia que fica perto de nós. "Acho que esta foto mostra o quão lindo é o nosso vizinho mais próximo", disse Hanwen.

A categoria Jovem Fotógrafo de Astronomia do Ano contempla apenas competidores menores de 16 anos.

Lyons disse que ficou "deslumbrada" com a qualidade dos jovens fotógrafos, "que produziram as imagens mais notáveis".

As imagens vencedoras e altamente elogiadas

"No Abraço de uma Dama Verde' - Vencedor na categoria Aurora
"No Abraço de uma Dama Verde' - Vencedor na categoria Aurora
Foto: Filip Hrebenda / BBC News Brasil

Esta imagem do fotógrafo eslovaco Filip Hrebenda mostra a aurora boreal refletida em um lago gelado da Islândia perto da montanha Eystrahorn.

'Mosaico Mineral da Lua' - Altamente elogiada na categoria Jovem Fotógrafo de Astronomia
'Mosaico Mineral da Lua' - Altamente elogiada na categoria Jovem Fotógrafo de Astronomia
Foto: Peter Szabo / BBC News Brasil

Peter Szabo recebeu menção honrosa na categoria na Jovem Fotógrafo de Astronomia do Ano por esta fotografia da Lua, que ele tirou em Debrecen, na Hungria.

A imagem usa processamento de alta qualidade para mostrar a superfície da Lua com detalhes incríveis, revelando uma visão que é familiar para a maioria das pessoas, mas de uma maneira extraordinária.

'O Centro da Nebulosa do Coração' - Menção honrosa na categoria Estrelas e Nebulosas
'O Centro da Nebulosa do Coração' - Menção honrosa na categoria Estrelas e Nebulosas
Foto: Péter Feltóti / BBC News Brasil

Péter Feltóti capturou esta imagem da Hungria. O IC 1805 é uma área que abriga enormes quantidades de gás ionizado e poeira interestelar. Um forte vento estelar sopra o material circundante para fora, criando uma forma oca semelhante a uma caverna em uma nuvem de gás.

"É muito difícil capturar nebulosas escuras com qualquer tipo de clareza", explicou Ed Bloomer.

Essa astrofotografia é importante, acrescentou o especialista, porque revela características do cosmos que o olho humano não pode ver olhando apenas para o céu noturno.

'O Olho de Deus' - Vencedora na categoria Estrelas e Nebulosas
'O Olho de Deus' - Vencedora na categoria Estrelas e Nebulosas
Foto: Weitang Liang / BBC News Brasil

Weitang Liang tirou esta foto da Nebulosa Helix em Rio Hurtado, no Chile.

"É fácil ver como os antigos costumavam observar as estrelas no céu e imaginar que o cosmos estava nos vigiando, mantendo um olhar atento sobre nós", interpretou o juiz Imad Ahmed.

'Árvore Solar Tree' - Vencedora do Prêmio Annie Maunder na categoria Inovação Digital
'Árvore Solar Tree' - Vencedora do Prêmio Annie Maunder na categoria Inovação Digital
Foto: Pauline Woolley / BBC News Brasil

Esta imagem de Pauline Woolley combina fotos tiradas por grandes telescópios e ganhou o prêmio de inovação.

Ela mostra como o sol muda ao longo do tempo utilizando a ideia de datação por anéis das árvores.

'A ponte da Via Láctea' - Vencedora do Prêmio Sir Patrick Moore na categoria Melhor Iniciante
'A ponte da Via Láctea' - Vencedora do Prêmio Sir Patrick Moore na categoria Melhor Iniciante
Foto: Lun Deng / BBC News Brasil

Usando uma câmera comum, Lun Deng capturou esta imagem da Via Láctea ao subir a Montanha Minya Konka, o pico mais alto de Sichuan, na China.

Todas as imagens estão sujeitas a direitos autorais.

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62926107

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