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Brasil tem 10,1 milhões de acessos 5G e deve mais que triplicá-los até 2025

Montante atual representa cerca de 4% do total de celulares conectados à internet no País

8 jul 2023 - 17h11
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A internet móvel de quinta geração (5G) atingiu a marca de 10,1 milhões de acessos no Brasil em maio de 2023, onze meses após o início da operação comercial, em julho de 2022, de acordo com informações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O montante representa cerca de 4% do total de celulares conectados à internet no País.

O presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Conexis), Marcos Ferrari, destacou que o 5G vem crescendo mais rapidamente do que o 4G. "O 4G demorou 26 meses para alcançar essa marca de 10,1 milhões de acessos. Isso mostra que as pessoas estão mais ávidas e propensas a adotar a nova tecnologia do que estavam quando implantamos o 4G", diz Ferrari.

Um levantamento realizado pela associação global das operadoras de redes móveis, a GSMA, estima que o 5G tende a continuar crescendo até atingir a marca de 36,2 milhões de acessos no Brasil até 2025 - mais que o triplo de hoje -, o equivalente a 16% de todos os celulares conectados à internet, e subir para 179 milhões de acessos até 2030, ou 77% do total de conexões.

"A crescente cobertura das redes 5G no Brasil deve impulsionar a aceitação do serviço, que respondia por cerca de 3% das conexões no fim de 2022. A adoção do 5G também será apoiada pelo aumento da oferta de smartphones", descreve o líder de análise econômica da GSMA, Pau Castells, um dos autores do levantamento.

O trabalho da GSMA mostra também que o Brasil está à frente da média da cobertura 5G na América Latina, onde a nova tecnologia ainda está em estágio considerado incipiente. A taxa de adoção atual é de cerca de 2% do total de conexões, com perspectiva de bater em 11% até 2025.

Atualmente, 184 municípios são atendidos pelo 5G no Brasil. A cobertura ainda está em crescimento e não pega a totalidade dos bairros nessas cidades. O edital da Anatel previa a obrigação da instalação do 5G em todas as capitais até setembro de 2022, o que já foi cumprido. A próxima obrigação é a instalação da nova tecnologia em todas as cidades com mais de 500 mil habitantes até julho de 2025. Atualmente, esses municípios já têm 5G instalado por pelo menos uma das operadoras.

O presidente do Conexis alerta, entretanto, que ainda existem cidades que precisam atualizar as leis municipais para evitar demora na liberação das licenças para instalação de antenas. Entre as 155 cidades com mais de 200 mil habitantes - incluindo as capitais - metade delas, 78, tem leis desfavoráveis ou não possuem legislação específica para a instalação de antenas. Apenas 53 dessas cidades têm leis de antenas favoráveis para a expansão do 5G. Outras 24 têm legislação específica, mas que ainda demanda ajustes para ter mais aderência à Lei Geral de Antenas, aponta o Conexis.

Atração

Castells, da GSMA, descreve em seu relatório que parte dos consumidores latino-americanos ainda não veem grandes motivos para mudar para a nova geração de internet, o que implica em gastar com a troca de celular e recorrer a planos com mais pacotes de dados. Isso torna cruciais as demonstrações dos benefícios do 5G por parte das operadoras.

Nesse sentido, os eventos que atraem multidões, como festivais de música e jogos de futebol, por exemplo, são ambientes propícios para as companhias oferecerem uma cobertura que permita a degustação da velocidade maior de navegação do 5G. Além disso, as novas redes comportam muitos aparelhos conectados ao mesmo tempo, o que é mais difícil com o 4G.

"Os eventos esportivos ao vivo são uma excelente oportunidade para fazer isso, especialmente em regiões como a América Latina, onde o futebol é popular", afirma Castells, lembrando que os jogos atraem multidões empolgadas para compartilhar fotos e vídeos dos principais momentos.

A TIM, por exemplo, instalou 17 antenas para ativar o 5G no Maracanã na final da Copa do Brasil em outubro do ano passado, disputada entre Flamengo e Corinthians. Na ocasião, a empresa notou que 40% do tráfego de dados no estádio ocorreu no 5G, um índice bastante elevado. "Ainda tivemos a 'sorte' de que a final foi para os pênaltis, quando todo mundo quer fazer o registro com o celular. O nosso cliente pode praticamente fazer uma live dos pênaltis", relata o diretor de receitas da TIM, Fábio Avellar.

A companhia patrocinou ainda o Rock in Rio, em setembro de 2022, e o festival Noites Cariocas, no primeiro trimestre de 2023, onde o 5G representou de 20% a 30% do tráfego.

A Vivo tem adotado estratégia semelhante, como patrocinadora do Lollapalooza, em março deste ano, e o The Town, que será realizado em setembro, em São Paulo. Por sua vez, a Claro tem feito demonstrações do 5G nas corridas de Fórmula 1 e Stock Car. Esses eventos são igualmente favoráveis para demonstrações porque recebem um público de maior poder aquisitivo, sendo que muitos já compraram ou estão prestes a comprar um aparelho 5G.

Estadão
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