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Animais terrestres devem enfrentar calor extremo graças a mudanças climáticas

Cientistas estimam impactos das mudanças climáticas na vida dos animais terrestres. Anfíbios e répteis serão os mais afetados pelo calor extremo, segundo estudo

19 jan 2023 - 21h31
(atualizado em 20/1/2023 às 14h01)
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As mudanças climáticas já têm sido alvo de preocupação por parte da comunidade científica, e de acordo com um artigo publicado na revista Nature na última quarta (18), metade dos animais terrestres deve enfrentar um calor extremo, graças a esse fenômeno, o que só faz aumentar o alerta.

A equipe de cientistas analisou dados de temperatura de 1950 a 2099 para entender como os eventos de calor extremo devem afetar os vertebrados terrestres globalmente. Segundo o artigo, o calor extremo pode ser definido como um período de tempo que "excede significativamente" o limite histórico de calor.

Em um cenário de alto aquecimento global que prevê um aumento de 4,4 graus Celsius na temperatura global, cerca de 41% dos vertebrados terrestres devem suportar calor extremo que supera o recorde histórico. De acordo com o artigo, mais de 3 mil espécies de animais terrestres (o equivalente a 11% de todas as espécies) devem sofrer com calor extremo por mais de seis meses do ano. A relação de cada grupo de animais afetados é a seguinte:

  • 55,5% dos anfíbios
  • 51% dos répteis
  • 31% dos mamíferos
  • 25,8% das aves

A teoria dos especialistas é que répteis e anfíbios estejam adaptados para viver em uma faixa de temperatura mais estreita em alguns locais específicos do planeta.

Foto: Pete Linforth/Pixabay / Canaltech

Os autores ainda revelam que os animais em regiões que estão de 30 a 60 graus ao norte e ao sul do Equador serão mais afetados por mudanças extremas na temperatura diária, já que isso inclui lugares como desertos, matagais e pastagens.

O alerta é que o aquecimento global induzido pelo homem está causando mudanças extremas de temperatura em todo o mundo, e não são apenas os humanos que sofrerão o impacto desses eventos extremos de calor, mas também os animais. "Cortes profundos nas emissões de gases de efeito estufa são necessários com urgência", concluem os pesquisadores.

Fonte: Nature via Inverse

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