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Aidol: conheça robô humanoide da Rússia que passou por vexame em sua apresentação

No dia 11 de novembro, a Rússia apresentou publicamente o Aidol, seu primeiro robô humanoide equipado com IA. No entanto, o evento foi um vexame. Saiba o que aconteceu e como funciona essa tecnologia.

14 nov 2025 - 15h33
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O avanço da robótica com inteligência artificial desponta como um dos grandes marcos tecnológicos da atualidade, movimentando diferentes setores e países em uma corrida contínua pela inovação. No dia 11 de novembro, a Rússia apresentou publicamente o Aidol, seu primeiro robô humanoide equipado com IA. O evento marcou mais uma etapa nessa disputa global, especialmente diante de potências como Estados Unidos e China. No entanto, o evento de lançamento ilustrou não apenas os avanços, mas também os desafios enfrentados por projetos desse porte.

No palco, o Aidol teria a missão de demonstrar capacidades de locomoção e interação, refletindo o esforço russo em conquistar maior autonomia tecnológica diante de sanções e restrições internacionais. No entanto, logo ao iniciar sua movimentação, o robô perdeu o equilíbrio e caiu de cara. O fato rapidamente se tornou um símbolo das dificuldades enfrentadas pelo país em equiparar-se aos desenvolvimentos já obtidos por concorrentes estrangeiros.

O Aidol foi desenvolvido pela startup Idol, que relatou que cerca de 77% dos componentes utilizados em sua fabricação são de origem nacional, com a expectativa de aumentar esse índice para 93% nas próximas etapas de produção – depositphotos.com / agsandrew
O Aidol foi desenvolvido pela startup Idol, que relatou que cerca de 77% dos componentes utilizados em sua fabricação são de origem nacional, com a expectativa de aumentar esse índice para 93% nas próximas etapas de produção – depositphotos.com / agsandrew
Foto: Giro 10

Quais foram as causas e consequências do incidente com o Aidol?

Segundo informações do evento, a falha apresentada pelo robô russo aconteceu devido a um erro de calibração em suas câmeras. Elas não se adaptaram às condições de iluminação do local da apresentação. Assim, esse episódio expôs um problema comum em sistemas autônomos: a dependência de sensores precisos e calibragem adequada para garantir respostas corretas em ambientes variáveis. Porém, a equipe responsável afirmou que o Aidol não sofreu danos permanentes e conseguiu permanecer em pé com suporte externo após ajustes feitos no momento.

Consequências do episódio vão além do constrangimento do evento. Para muitos especialistas, o incidente serviu como um indicativo das dificuldades enfrentadas pela indústria russa de alta tecnologia, especialmente diante das sanções aplicadas por países ocidentais após a eclosão do conflito na Ucrânia. Esses entraves dificultam a obtenção de peças essenciais, semicondutores e softwares, impactando diretamente a qualidade e competitividade dos robôs desenvolvidos no país.

Como a Rússia está buscando autonomia na produção de robôs com IA?

O Aidol foi desenvolvido pela startup Idol, que relatou que cerca de 77% dos componentes utilizados em sua fabricação são de origem nacional, com a expectativa de aumentar esse índice para 93% nas próximas etapas de produção. Entre as justificativas para essa política, destaca-se a tentativa de minimizar a dependência estrangeira e garantir maior segurança em processos industriais e de pesquisa, principalmente em um cenário de restrições externas.

  • Recursos locais: Investimento em pesquisa para semicondutores e sistemas próprios, fortalecendo cadeias produtivas internas.
  • Softwares independentes: Desenvolvimento de sistemas operacionais e algoritmos que funcionem offline, garantindo privacidade de dados e menor vulnerabilidade a bloqueios externos.
  • Fomento de startups e centros de inovação: Apoio do governo russo a iniciativas nacionais de tecnologia, buscando estimular um ecossistema favorável ao surgimento de novas soluções autônomas.

A busca por autonomia na área de robótica traz impactos em setores estratégicos, como manufatura, logística, atendimento em serviços públicos, bancos e aeroportos. A expectativa é que, com as melhorias necessárias, a Rússia consiga ampliar a presença de suas soluções tecnológicas nesses segmentos, inclusive exportando sua tecnologia para outros mercados em desenvolvimento.

A busca por autonomia na área de robótica traz impactos em setores estratégicos, como manufatura, logística, atendimento em serviços públicos, bancos e aeroportos – depositphotos.com / HayDmitriy
A busca por autonomia na área de robótica traz impactos em setores estratégicos, como manufatura, logística, atendimento em serviços públicos, bancos e aeroportos – depositphotos.com / HayDmitriy
Foto: Giro 10

Por que os robôs russos ainda estão atrás dos modelos de EUA e China?

A comparação entre o Aidol e robôs como o Atlas, da Boston Dynamics (Estados Unidos), evidencia a defasagem tecnológica existente. Enquanto o modelo norte-americano já executa movimentos complexos como saltos e tarefas multifuncionais em alta precisão, o robô russo ainda enfrenta limitações básicas de equilíbrio e resposta sensorial. Outro ponto é a falta de acesso a tecnologias de ponta, como chips avançados e softwares de inteligência artificial de última geração, que continuam restritos por regulações internacionais.

  1. Sanções internacionais: Barreiras comerciais limitam o acesso a componentes eletrônicos essenciais.
  2. Inovação acelerada dos concorrentes: Empresas americanas e chinesas investem massivamente em pesquisa, gerando ciclos de inovação mais rápidos e produtos mais completos.
  3. Mercado interno restrito: A demanda interna russa ainda não garante escala suficiente para baratear custos e acelerar melhorias técnicas.

Apesar do tropeço em sua estreia, a equipe responsável pelo desenvolvimento comunicou que novas versões do Aidol serão disponibilizadas futuramente, com atualizações focadas em estabilidade, autonomia operacional e diversificação das funções de interação.

Perspectivas para a robótica russa após o lançamento do Aidol

A apresentação pública do Aidol não resultou apenas em críticas e reflexões sobre a distância tecnológica em relação a outros países. O episódio trouxe à tona a discussão sobre a importância de investir em pesquisa própria, estimular parcerias para desenvolvimento local e trabalhar a resiliência diante de contextos adversos do cenário internacional. O caso russo revela que, mesmo sob limitações, o avanço gradual em robótica com inteligência artificial pode gerar frutos significativos em médio e longo prazo, especialmente em áreas onde a privacidade e a segurança são prioridades.

Em 2025, o panorama da robótica global está marcado pela constante busca por inovação, mas também pela necessidade de adaptação a desafios econômicos, políticos e logísticos. O percurso do Aidol reforça a importância de aprendizado contínuo, ajustes técnicos e investimentos em tecnologia nacional, apontando caminhos para que a Rússia possa ampliar sua participação no mercado internacional de inteligência artificial aplicada à robótica.

Giro 10
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