Abertura de cápsula do tempo causa climão em cerimônia militar nos EUA; veja o que tinha
Instituição afirma que planeja continuar com tradição mesmo após o ocorrido
A abertura de uma caixa de supostamente quase 200 anos não ocorreu como esperavam oficiais da Academia Militar de West Point, nos EUA, na segunda-feira (28).
Ao invés de encontrarem artefatos raros ou até mesmo um tesouro esquecido, os militares se depararam com um acumulado de lama seca.
O misterioso compartimento de chumbo foi descoberto por conta de uma reforma no monumento ao líder militar polonês Thaddeus Kościuszko, que lutou na Guerra Revolucionária dos EUA, em 2021. A cápsula foi encontrada em 2023, quando a base do monumento foi retirada do local, e foi submetida até a radiografias realizadas pelo Departamento de Física e Engenharia Nuclear da academia.
Como os exames foram inconclusivos, a instituição planejou um evento no início desta semana, que contou com um painel de militares e especialistas, para abrir a caixa e desvendar o mistério — com direito a transmissão ao vivo no YouTube e muita expectativa.
"Eu sei que vocês estão muito empolgados com o grande momento", disse o general brigadeiro Shane Reeves.
Em seu pronunciamento, ele explicou as três possibilidades para a abertura da caixa: não haver nada, apenas poeira, ou ainda "alguns artefatos históricos incríveis; algo que nem mesmo conhecíamos ou imaginávamos". Infelizmente, uma mistura da primeira e da segunda opção se concretizou.
Tudo o que foi encontrado na caixa foi um conjunto de detritos parecidos com lama ressecada. Os especialistas afirmaram que provavelmente se tratava de terra ou algo orgânico que havia se deteriorado.
"Tenho certeza de que alguns na plateia têm perguntas para nossos vários especialistas no palco", disse Jennifer Voigtschild, historiadora presente no evento. No entanto, ninguém fez perguntas.
A caixa tinha símbolos que ainda não foram decifrados pelos estudiosos presentes. Na página oficial da Academia de West Point, a instituição afirma que planeja continuar a tradição colocando uma cápsula do tempo na base reconstruída do monumento.