
Depois dos senadores Paulo Souto e Waldeck Ornélas, o mineiro Francelino Pereira tomou a palavra para criticar o relatório de Saturnino Braga (PSB-RJ). É a tropa de choque pefelista em defesa de Antonio Carlos Magalhães.
O ex-governador de Minas Gerais disse que Saturnino solicita "arbitrariamente a morte, o fim da vida parlamentar" com seu relatório. Os pefelistas insistem que o texto pede a cassação de ACM e José Roberto Arruda. Ou seja, antecipa uma sentença sem julgamento. Por sua vez, Saturnino Braga sustenta que seu relatório pede a "abertura de processo".
O senador baiano Waldeck Ornélas afirmou que o relatório não poderia, nesta fase, propor o processo de cassação. Ornélas tentou jogar a oposição contra o relatório, afirmando que deveria ter cuidado com o texto, pois ele simplesmente mostra que a "maioria pode cassar a minoria".
O aliado do senador Antonio Carlos Magalhães disse que a perda temporária do mandato, sugerida por Paulo Souto, é mesmo assim uma punição pesada.
A perda temporária do mandato é a pena máxima que o PFL de ACM aceita no caso, classificado mais uma vez por Ornélas como "linchamento político". E voltou a bater no voto aberto para o relatório, assegurando que ele é uma forma de pressão sobre os senadores diante da opinião pública. "Todos devem votar com a consciência, não com medo da televisão ou dos jornais de amanhã", sustentou.
A sessão do Conselho de Ética, aberta pouco depois das 10h, continua na fase de debate. Só depois será iniciada a votação.
Leia mais:
» Arruda questiona pena máxima no Conselho de Ética
» Paulo Souto apresenta voto em separado no Conselho de Ética
» ACM critica decisão do presidente do Conselho de Ética
» Heloísa Helena defende processo de cassação de ACM e Arruda
» Saturnino faz defesa inflamada de seu relatório
» Saturnino acredita que FHC sabia da violação do painel
» Mesa terá 15 dias para decidir sobre processo
» Manifestantes pró-cassação de ACM se concentram em Salvador