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MP investigará empréstimos feitos por Luiz Estevão

Terça, 27 de junho de 2000, 03h12min
O Ministério Público Federal vai investigar supostos empréstimos que o senador Luiz Estevão (PMDB-DF) fez ao empresário Fábio Monteiro de Barros Filho, sem cobrar juros nem correção monetária. Em pelo menos uma cópia da operação de setembro de 1992, na qual consta que Estevão emprestou Cr$ 1,46 bilhão (US$ 228 mil), Barros Filho assina como tomador do empréstimo e ao mesmo tempo como "avalista" dele mesmo.

Para os procuradores que estão investigando o caso, os documentos mostram uma relação suspeita entre Estevão e Monteiro de Barros. Estevão emprestou dinheiro, em nome do Grupo OK, à empresa Recreio Agropecuária, Empreendimentos e Participações Ltda, de Monteiro de Barros. No contrato de setembro de 1992, Estevão faz um empréstimo "para suprir eventuais deficiências de caixa" da agropecuária.

A operação - intitulada de "Contrato Mútuo Oneroso e Outras Avenças" - não tem a assinatura de testemunhas, apesar de, no texto, constar que o instrumento é assinado "na presença de duas testemunhas". Não há tampouco registro em cartório e nenhum timbre das empresas.

O contrato só tem três cláusulas. A primeira diz que o dinheiro será depositado em uma agência do Bradesco, em São Paulo. A segunda afirma que "tudo será pago em apenas uma parcela", em cinco dias, e a outra elege Brasília como fôro para dirimir quaisquer dúvidas. Apesar de o pagamento constar como "de curto prazo", os procuradores lembram que 1992 ficou marcado pela inflação galopante e pela alta do dólar em relação ao cruzeiro. A inflação de 1992 foi de 1.149,05% (INPC).

Os procuradores lembram que, em 1992, foi feita a licitação da obra do Fórum Trabalhista de São Paulo, ocasião em que foram desviados R$ 169 milhões.

Segundo cálculos do Ministério Público em São Paulo, com base na quebra de sigilos bancários, houve movimentação financeira da Incal para as empresas do Grupo OK da ordem de R$ 47 milhões (US$ 34 milhões).

O dinheiro que Estevão recebia dos "empréstimos" feitos para Barros Filho nem sempre retornavam ao caixa da OK e ia direto para o caixa de outras empresas. O advogado de Estevão, Felipe Amodeo, disse que não vai falar sobre os contratos de empréstimos porque não tem conhecimento da documentação. O gabinete de Estevão foi informado sobre a documentação, mas o senador não retornou ligação do Estado.

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O Estado de S. Paulo

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