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Luiz Estevão admite que pode perder o mandato

Terça, 27 de junho de 2000, 02h35min
A menos de 48 horas da sessão que votará o pedido de cassação de seu mandato, o senador Luiz Estevão (PMDB-DF) admitiu nesta segunda-feira (26), pela primeira vez, em discurso da tribuna, que poderá ser derrotado, caso seus colegas não se convençam de que ele está sendo vítima de "elucubrações criminosas e mentirosas da imprensa".

O peemedebista tentou sensibilizar os senadores, dizendo que não conseguiu rebater as "acusações inconsistentes" de que é alvo. "Não tenho condições de repercutir o que digo à exaustão. A imprensa publica as mentiras. Isso pode se encerrar com a destruição da minha carreira política, de minha vida pública", afirmou, frisando que só lhe restava aguardar pelo surgimento da verdade.

Os senadores permaneceram calados. A exceção foi Ernandes Amorim (PPB-RO), que anunciou a decisão de votar contra a cassação na quarta-feira, quando o pedido será analisado pelo plenário da Casa.

Luiz Estevão voltou a dizer que não é dono da Incal Incorporadora, que participou da fraude no desvio de R$ 169,5 milhões dos R$ 263 milhões destinados às obras do fórum trabalhista de São Paulo. Desse dinheiro, ele teria recebido US$ 35 milhões, de acordo com a CPI do Judiciário.

Segundo o senador, o bilhete em que o empresário Fábio Monteiro de Barros, que figura como dono da construtora, pede-lhe ajuda nada tem de anormal, já que se limitaria a um pedido de empréstimo do Banco OK, de sua propriedade. "Se houvesse uma sociedade, os termos do bilhetes seriam outros", alegou.

Mais tarde, Estevão acusou os jornalistas de agirem pessoalmente contra ele, "Querem me esquartejar, me comer vivo. Se ainda fossem um monte de analfabetos, só que não são."

ENTENDA O CASO

 • No último final de semana, o surgimento de um bilhete manuscrito pelo empresário Fábio Monteiro de Barros ao senador Luiz Estevão reforçou as evidências de envolvimento do parlamentar com a construtora Incal, responsável pela obra inacabada e superfaturada da sede do fórum trabalhista de São Paulo. No bilhete, datado de janeiro de 1999, Monteiro de Barros, dono da Incal, mantém um tom familiar com Estevão, lista as contas a pagar de suas empresas e pede dinheiro para quitar vidas.
 • Os senadores – mesmos os que até agora não se manifestavam sobre o assunto – apontaram o bilhete como prova irrefutável da participação de Estevão no desvio dos recursos públicos.

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Zero Hora/Agência RBS

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