Criada por Adolfo Souza Duarte, o Ferruge, em 2014, a ONG Meninos da Billings oferece passeios e atividades de conscientização ambiental às margens da Represa Billings. Com as ações do projeto, a represa passou a ser o ponto de encontro de jovens aos fins de semana no Grajaú, extremo sul.
No entanto, a morte do ambientalista, líder comunitário e fundador do projeto, em agosto do ano passado, impactou na manutenção das atividades e ações sociais realizadas pela ONG, que, através Uiara Duarte, 39, viúva de Adolfo, tem buscado recursos para se manter.
Dessa vez, o ativo mais importante da organização, a embarcação (do tipo chalana), está sob risco de afundar. A embarcação foi um das primeiras utilizadas por Ferruge no início do projeto, e era a mais usada durante atividades e passeios do ambientalista pela represa.
Duarte assumiu as operações do projeto e revelou que a situação é crítica. Para a embarcação ser reformada e voltar a operar normalmente, a ONG necessita de, no mínimo, R$ 10 mil. As doações podemo ser feitas através do pix: meninosdabillings@gmail.com.
Em setembro do ano passado, Uiara já havia revelado ao Visão do Corre quais eram os planos para dar continuidade ao legado deixado por Ferruge. Na ocasião, ela revelou que a ideia era seguir com novos projetos e manter o que já estava em andamento, mas que a situação financeira do momento estava dificultando.
Relembre o caso
Nesta semana, na capital paulista, aconece a primeira audiência de instrução e julgamento do caso que apura a morte do ambientalista. A vítima morreu na represa Billings quando conduzia um passeio de barco contratado por quatro jovens. A morte aconteceu no dia 1° de agosto de 2022 e o corpo só foi encontrado cinco dias depois. Para a polícia, os quatro passageiros da embarcação estão envolvidos na morte e o Ministério Público os denunciou por homicídio qualificado.
O crime aconteceu na margem da represa Billings no lado da Capital e é investigado pelo 101° Distrito Policial (Jardim das Imbuias). Os quatro jovens estão presos desde 24 de agosto, e aguardam agora pelo julgamento.
Ferruge conhecia a represa como ninguém, além de barqueiro e ambientalista e era bem conhecido na Capital e no ABC, tendo, inclusive, realizado expedições com entidades de proteção ambiental para pesquisa. Ferruge também atuava na ONG Meninos da Billings, onde dava aulas de caiaque e de meio ambiente para jovens das comunidades carentes que margeiam a represa.