Veja lista de 14 cemitérios que valem a visita pelo mundo

O necroturismo atrai visitantes para cemitérios famosos pela beleza natural ou pelas celebridades enterradas nos locais

Para alguns pode parecer estranho e até um pouco mórbido. Mas tem muito viajante que não deixa de incluir cemitérios na lista de pontos a visitar nos novos lugares por onde passam. Não qualquer cemitério, claro, mas aqueles que ou são maravilhas de arquitetura ou ocupam belos e imponentes espaços verdes, ou ainda por serem os locais de descanso eterno de seus ídolos ou de figuras históricas ilustres.

Fato é que alguns especialistas usam a expressão “necroturismo” e enxergam aí um nicho específico na indústria para tais interesses. Não por acaso, muitos dos cemitérios mais populares do mundo oferecem tours guiados a seus visitantes, alguns com direito a “entretenimento” como acompanhamento de performances de violino.

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O site HostelBookers, especialista em hospedagem barata pelo mundo, lista 14 destes mais belos e famosos cemitérios pelo mundo. Tenha você uma queda pelo gótico ou pelo sobrenatural, ou apenas curioso para ver de perto belos espaços – de uma montanha no Japão a um museu 12 metros debaixo d´água – vale a pena considerar uma parada para visitar estes cemitérios.

Arlington National Cemetery - Washington DC, EUA

O mais tradicional cemitério militar dos Estados Unidos, em Arlington, Virginia, atrai quatro milhões de visitantes todo ano. Como imaginado, o espírito patriótico norte-americano está por toda parte: as lápides homenageiam americanos mortos desde a Guerra da Independência até a Guerra do Iraque. Destaques para o Memorial de Iwo Jima e o Túmulo do Soldado Desconhecido, cujo monumento é guardado pela Guarda de Honra do Exército. Lá também estão enterrados membros da tradicional família Kennedy, incluindo o ex-presidente John Kennedy e Jacqueline Onassis.

Père Lachaise - Paris, França

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A capital francesa é lar de diversos de alguns dos mais belos e grandiosos cemitérios do mundo. O mais famoso deles certamente é o Père Lachaise, localizado no 20º arrondissement de Paris. Muito por causa da extensa lista de “moradores” ilustres em seus 44 hectares de bela área verde:  Jim Morrison, Édith Piaf, Allan Kardec, Balzac, Proust, Chopin, Modigliani, Maria Callas, Molière, Oscar Wilde e por aí vai... Projetado pelo arquiteto Alexandre Théodore Brongniart em 1803, é no Père Lachaise que fica o Muro dos Federados, onde 147 dirigentes da Comuna de Paris foram fuzilados em 28 de maio de 1871.

Neptune Memorial Reef - Miami, EUA

Apelidado por muitos como “a cidade dos mortos”, este é, na verdade, uma tentativa de recriar a Cidade Perdida de Atlantis. Projetado para ser o maior arrecife criado pelo homem – hoje espalha-se por cerca de 2.000 m², a mais de 12 metros de profundidade – serve oficialmente como mausoléu subaquático para restos mortais cremados de moradores da Flórida. Mas passou a atrair mergulhadores, turistas e curiosos que exploram a vasta e fascinante vida marinha presente no ambiente.

Okunoin - Koyasan, Japão

O maior cemitério do Japão – com mais de duzentas mil sepulturas – é um verdadeiro templo de meditação. Em uma encosta do Monte Koya, a cerca de 50 quilômetros de Osaka, Okunin é o local mais sagrado de Koyasan, já que abriga o mausoléu de Kobo Daishi, fundador da seita budista Shingon que, acredita-se, está em meditação eterna desde o ano de 835.

Catacombe dei Cappuccini - Palermo, Sicília

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Este requer um gosto pelo macabro e não é para os fracos: nas subterrâneas Catacumbas dei Cappuccini, os restos mortais são expostos pelas paredes e alguns pendurados em ganchos. O local ficou famoso, desde o século 16, pelo processo de embalsamento e preservação utilizado nos cadáveres. Um dos últimos sepultamentos em 1920, foi o da menina Rosalia Lombaro, então com 2 anos, cujas feições permanecem quase que inalteradas nos dias de hoje.

USS Arizona Memorial - Honolulu, Havaí

Em 7 de dezembro de 1941, 1.102 marinheiros foram mortos no ataque a Pearl Harbor. O navio de guerra afundado ainda é visível logo abaixo da superfície da água, e o USS Arizona Memorial serve como base de avistamento para mais de um milhão de pessoas que visitam o local e prestam tributo às vítimas todo ano. O memorial-museu foi construído em 1962 e é acessível somente por balsas, com entrada gratuita.

O Cemitério Alegre - Săpânța, Romênia

O apelido pode soar contraditório, mas no vilarejo de Săpânța, no norte da Romênia, o “Cemitério Alegre” (Merry Cemetery, em inglês) virou característica do local. As lápides cinzas foram trocadas por muitas cores, e há desenhos de arte primativa – algo como pinturas de crianças – descrevendo a vida e obra das pessoas lá enterradas. Virou quase que um museu a céu aberto.

La Recoleta - Buenos Aires, Argentina

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Em um dos bairros mais nobres e bonitos da capital argentina, o cemitério que leva seu nome é também uma atração turística. O Cemitério de La Recoleta é famoso por abrigar figuras ilustres argentinas, de ex-presidentes a músicos e escritoras. Mas nenhum túmulo atrai mais visitantes que o da ex-primeira dama Eva Perón. Toda a arquitetura neoclássica do cemitério, suas obras de arte e os belos jardins que rodeiam o cemitério tornaram-se uma popular área de lazer entre os locais.

Highgate Cemetery - Londres, Reino Unido

No norte de Londres, este espetáculo da arquitetura gótica tornou-se uma atração turística. Muito por causa de seu mais famoso “residente”: o sociólogo Karl Marx, que está enterrado com sua esposa, no setor reservado para os banidos da Igreja Anglicana. Oficialmente chamado de St. James Cemetery, o local tem fama de mal-assombrado – entre 1967 e 1983, pessoas alegaram ter encontrado túmulos abertos e visto fantasmas e até vampiros!

<p>Cemitério Monumental de Staglieno, na Itália, é um dos maiores da Europa</p>
Cemitério Monumental de Staglieno, na Itália, é um dos maiores da Europa
Foto: Jeff Kerwin / Flickr
Hollywood Forever - Los Angeles, EUA

O nome já diz tudo: o Hollywood Forever Cemetery – localizado na avenida Santa Monica Boulevard de L.A. – abriga grandes nomes da cultura norte-americana. Criado em 1899, o amplo espaço guarda os restos mortais de astros do cinema de antigamente como Rodolfo Valentino, Douglas Fairbanks e Tyrone Power, e astros da música como o beatle George Harrinson e o roqueiro Johnny Ramone (este em um mausoléu em formato de guitarra).

Staglieno - Gênova, Itália

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Cobrindo uma área de mais de 1 km², o Cemitério Monumental de Staglieno é um dos maiores da Europa. Fica em uma encosta no bairro de mesmo nome em Gênova, e é famoso por seus túmulos elaborados e esculturas de artistas como Leonardo Bistolfi, Augusto Rivalta, Giulio Monteverde e Edoardo Alfieri (incluindo uma réplica do Panteão de Roma). Uma curiosidade: o túmulo da família Appiani, lá instalado, apareceu na capa do álbum “Closer” da banda de rock britânica Joy Division.

Tikhvin - São Petersburgo, Rússia

São Petersburgo tem renome internacional por suas qualidades arquitetônicas, e a cidade russa torna-se ainda mais bonita no inverno e com a neve tomando conta. E isso inclui os cemitérios, grandes e imponentes. O Tikhvin é um dos melhores exemplos. Foi construído em 1823 por Pedro I da Rússia, e fica dentro do icônico Monastério Alexander Nevsky, rodeado por belas igrejas barrocas e memoriais góticos. O cemitério abriga os túmulos de russos ilustres, como Dostoievsky e Tchaikovsky.

Zentralfriedhof - Viena, Áustria

Com área de quase 2,5 km², Zentralfriedhof, o cemitério central de Viena, é o segundo maior da Europa, e o primeiro em número de sepultamentos. Tão grande que é permito trânsito privado de carros dentro do cemitério e há um ônibus para transportar os visitantes. Inaugurado em 1874, o cemitério contém seções para protestantes, budistas, judeus, mórmons e muçulmanos. Dentre os famosos túmulos que abriga, destacam-se grandes nomes da música clássica, como Beethoven, Brahms, Schubert e Strauss.

Antigo Cemitério Judeu - Praga, República Tcheca

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Um dos principais destaques do Bairro Judeu na capital tcheca, o antigo cemitério tornou-se um tocante memorial em homenagem à comunidade judaica. Desde o século 15, era lá o único local onde os judeus – confinados no bairro de Josefov – podiam enterrar seus mortos. Tal realidade resultou na superlotação do cemitério e a sobreposição das tumbas por camadas de terra. Hoje, são cerca de 12 mil lápides aparentes, mas quase 200 mil pessoas de fato sepultadas no local.

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