Em uma área remota do norte do Brasil, no município de Calçoene, Amapá, localiza-se um enigma arqueológico que aos poucos ganha visibilidade nacional e internacional: o chamado "Stonehenge brasileiro". Este sítio, oficialmente denominado Parque Arqueológico do Solstício, destaca-se pelo conjunto de blocos de pedra dispostos em círculo, remetendo a construções monumentais de outras partes do mundo. Nos últimos anos, o aumento de pesquisas e divulgação despertou o interesse de visitantes e estudiosos, impulsionando o turismo científico na região.
O sítio arqueológico de Calçoene atrai a atenção não apenas pelo formato das pedras, mas pela sua possível relação com conhecimentos astronômicos dos povos pré-colombianos da Amazônia. Escavações indicam que a estrutura pode ter mais de mil anos, sugerindo uma finalidade religiosa ou de observação dos ciclos solares. Especialistas ressaltam que o alinhamento das pedras com o solstício de inverno impressiona por sua precisão e complexidade, tornando o local uma das mais intrigantes descobertas da arqueologia brasileira nos anos recentes.
Qual a importância do Stonehenge brasileiro para a arqueologia?
O Parque Arqueológico do Solstício representa uma peça-chave para a compreensão dos povos antigos que habitaram a região amazônica antes da chegada dos europeus. Sua existência questiona antigas interpretações sobre as capacidades técnicas desses grupos, indicando habilidades avançadas de construção e observação astronômica. O local compõe um cenário onde blocos de granito, alguns medindo mais de 3 metros de altura, foram posicionados de forma alinhada com o pôr do sol no solstício de inverno, fenômeno que ocorre em torno de 21 de junho.
Estudos sugerem que o "Stonehenge brasileiro" era utilizado para marcar períodos importantes do calendário agrícola e cerimonial, aproximando-se, assim, de outras culturas que construíram observatórios em pedra. A preservação e análise dessas estruturas são fundamentais para ampliar o entendimento sobre a história dos povos originários do Amapá e suas relações com a natureza.
Como é possível visitar o sítio arqueológico de Calçoene?
Visitar o sítio arqueológico que ficou conhecido como Stonehenge brasileiro exige planejamento. Localizado a cerca de 18 km da sede de Calçoene, o acesso é feito por estrada de terra que pode apresentar condições desafiadoras, especialmente durante o período de chuvas na região amazônica, entre janeiro e junho. O melhor período para viagens costuma ser durante a seca, quando o percurso se torna mais seguro e confortável.
- Agendamento prévio: a visitação ao Parque Arqueológico é organizada pela prefeitura de Calçoene em parceria com órgãos de preservação, sendo necessária a solicitação antecipada.
- Guias locais: recomenda-se o acompanhamento de guias credenciados, que fornecem informações detalhadas e orientam a experiência, aumentando a segurança dos visitantes.
- Acesso: a entrada principal leva os visitantes diretamente à área dos blocos de granito, passando por trilhas e áreas de floresta nativa.
Quanto custa conhecer o Stonehenge brasileiro?
O valor para conhecer o sítio arqueológico de Calçoene é acessível, contribuindo para o incentivo ao turismo regional. Em 2025, a taxa de entrada padrão está estipulada em aproximadamente R$ 15 por pessoa, valor sujeito a pequenas alterações conforme decisões dos órgãos responsáveis. O montante arrecadado é direcionado à manutenção do parque, capacitação de guias e ações de conscientização ambiental e patrimonial.
Além da taxa de entrada, é importante considerar custos logísticos. O município de Calçoene dispõe de poucas opções de hospedagem, sendo recomendado reservar com antecedência, especialmente no período dos solstícios, quando o local recebe um número maior de visitantes. Despesas com transporte até Calçoene, alimentação e contratação de guias podem variar, mas tornam a viagem viável para diferentes perfis de turistas.
Quais curiosidades envolvem o Stonehenge brasileiro?
Entre as curiosidades do parque, destaca-se o fato de que suas estruturas ainda estão em processo de estudo e parte das respostas sobre sua origem permanecem um mistério. Arqueólogos brasileiros e estrangeiros trabalham em escavações e levantamentos, buscando identificar vestígios de antigas habitações ou artefatos que possam contextualizar a função social e religiosa do monumento. É comum encontrar relatos de visitantes que escolhem o dia do solstício para observar o fenômeno da luz do sol atravessando fileiras de pedra, experiência que evoca rituais ancestrais.
O sítio arqueológico de Calçoene segue também como tema de debates sobre preservação e valorização do patrimônio cultural na Amazônia, mostrando que o Brasil abriga monumentos milenares ainda pouco conhecidos. A tendência de crescimento no fluxo de viajantes reforça a necessidade de ações educativas e ambientais, para assegurar a conservação desse tesouro arqueológico do Amapá para as próximas gerações.