Quer parar de beber em 2024? 7 motivos que vão te incentivar

O consumo de álcool traz diversos malefícios à saúde. Por isso, separamos 7 formas de incentivar a parar de beber em 2024

21 jan 2024 - 18h03
(atualizado em 22/1/2024 às 18h17)

Se você colocou como meta parar de beber este ano, saiba que tomou uma excelente decisão para a saúde. Afinal, os malefícios do alcoolismo são muitos, e todos bem conhecidos. Mas, para quem encontra dificuldades em cumprir esse objetivo, sempre vale a pena reforçar as razões para abandonar o álcool.

Quer parar de beber em 2024? 7 motivos que vão te incentivar
Quer parar de beber em 2024? 7 motivos que vão te incentivar
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

Nesse sentido, vale destacar que entre os fatores que mais trazem danos à saúde está o consumo de álcool. Isso porque as bebidas alcóolicas são tóxicas para o organismo, e podem levar ao surgimento de diversos problemas, aponta a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

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Pensando nisso, especialistas de diferentes áreas listam motivos pelos quais você deve diminuir o consumo de álcool em 2023. Confira:

1 - O álcool reduz o metabolismo

O fígado é o responsável por digerir as bebidas alcóolicas. Porém, esse órgão também é o responsável pelo metabolismo de gordura. Então, quando você bebe álcool, acaba adicionando mais uma tarefa na função do órgão. 

"Dessa forma, seu fígado não consegue processar a gordura de maneira tão rápida e eficientemente, pois estará, também, trabalhando para expelir o álcool. Como consequência, ocorre a desaceleração do metabolismo, levando, inclusive, ao acúmulo de gordura", explica a Dra. Marcella. 

2 - Beber danifica a aparência da pele

Parar de beber é um eficiente remédio para a pele, já que a perda de água causada pelo álcool afeta a saúde cutânea, causando ressecamento e descamação da pele. A pele também tende a ficar avermelhada após a ingestão de bebidas alcoólicas, pois elas dilatam os vasos. 

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"Além disso, as rugas ficam mais visíveis, a pele fica mais oleosa e a rosácea piora. A produção de radicais livres também aumenta após a ingestão do álcool, o que favorece o envelhecimento precoce e a flacidez. Três drinks já são suficientes para sentirmos os efeitos na pele", explica a Dra. Cintia Guedes, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

3 - O álcool promove danos aos cabelos

As bebidas alcoólicas, se consumidas com frequência e em quantidade excessiva, também podem impactar na saúde dos fios. "A principal consequência da ingestão excessiva de bebidas alcóolicas para os cabelos é o ressecamento e a quebra dos fios. Além disso, o consumo exagerado de álcool também pode provocar desnutrição e ser responsável pela queda capilar", alerta a dermatologista.

4 - Causa infertilidade em mulheres

Para as mulheres que ainda desejam ter uma gestação, parar de beber previamente é imprescindível. Ao menos é o que mostrou um estudo recente, cujo resultado apontou impactos do álcool na fertilidade feminina.

"Na segunda metade do ciclo menstrual, mesmo o consumo moderado de álcool está relacionado a chances reduzidas de gravidez, segundo o trabalho", explica o ginecologista obstetra Dr. Fernando Prado, especialista em Reprodução Humana, membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e diretor clínico da Neo Vita.

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Segundo o médico, a ingestão de álcool afeta os processos envolvidos na ovulação, de modo que nenhum óvulo é liberado durante a parte ovulatória do ciclo. Além disso, o álcool pode afetar a capacidade de um óvulo fertilizado se implantar no útero, diminuindo as chances de gravidez.

5 - O consumo de álcool promove o surgimento de cálculos renais

O álcool em grandes quantidades e os produtos de sua metabolização (como acetaldeído, NADH e radicais livres) podem causar alterações na função renal, explica a médica nefrologista Dra. Caroline Reigada, especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira. "Eles fazem com que os rins se tornem menos capazes de filtrar o sangue, além de afetar sua capacidade de manter a quantidade certa de água no corpo", afirma. 

De acordo com ela, estudos de base populacional sugerem que o consumo de álcool acima dos limites de moderação pode aumentar o risco de doença renal crônica (DRC) na população em geral. Pesquisas recentes também mostraram um aumento de cálculos renais em mulheres, o qual está associado ao tabagismo e à ingestão de álcool, o que não ocorria nas décadas anteriores.

"Outro fator importante causado pelo álcool é a sobrecarga do rim. O etanol atrapalha a função do hormônio antidiurético, que garante que o corpo não perca muita água, fazendo com que o rim deixe de concentrar a urina, perdendo mais água que o habitual. Como a bebida leva o corpo a fazer um esforço muito grande para colocar a substância para fora, é preciso diluir em água e eliminar na forma de urina, causando a desidratação. Além disso, se o fígado for comprometido, pode haver o acometimento renal, chamado síndrome hepatorrenal", destaca a Dra. Caroline.

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6 - Problemas circulatórios

Por favorecer a desidratação, o álcool, além de aumentar a incidência de câimbras e dores musculares, também pode fazer com que o organismo retenha mais líquidos. Portanto, este é mais um motivo para parar de beber.

"Como resultado, ficamos mais inchados e a pressão sobre as veias e artérias aumenta, o que pode contribuir para o surgimento de problemas vasculares como varizes e trombose", destaca a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

7 - O álcool contribui para o surgimento de doenças orais

Outra estrutura afetada pela perda de água causada pelo álcool é a boca e os dentes. "O processo de desidratação causado pelo álcool provoca a diminuição na produção de saliva. Como resultado, ficamos mais suscetíveis ao desenvolvimento de doenças como cáries, gengivite e erosão dental, visto que uma das principais funções da saliva é justamente proteger os dentes e as mucosas orais", afirma o Dr. Hugo Lewgoy, cirurgião-dentista e doutor em Odontologia pela USP.

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