Quais são os riscos do excesso de vitamina B12? Médica responde

Suplementação desnecessária pode sobrecarregar fígado e rins

2 set 2025 - 04h59
Entenda os riscos do excesso de vitamina B12
Entenda os riscos do excesso de vitamina B12
Foto: Freepik

Por muito tempo, a vitamina B12 foi associada apenas a benefícios essenciais, como a produção de células vermelhas do sangue, o bom funcionamento do sistema nervoso e a manutenção da energia. No entanto, de acordo com a médica Dra. Eliana Teixeira, pós-graduada em endocrinologia e nutrologia, o consumo exagerado dessa vitamina pode trazer efeitos indesejados.

Apesar de ser hidrossolúvel, eliminada parcialmente pela urina quando em excesso, a vitamina B12 em níveis persistentemente altos no sangue pode sinalizar problemas.

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“A suplementação desnecessária pode sobrecarregar fígado e rins, além de favorecer alterações na pele, como acne e rosácea”, explica a especialista.

Em casos mais graves, valores persistentemente altos podem indicar disfunções hepáticas ou até certos tipos de câncer, já que a B12 circulante também pode aumentar em situações de doença. Por isso, a suplementação só deve ser feita com acompanhamento médico e exames laboratoriais.

Sintomas do excesso de vitamina B12

Dor de cabeça

Ansiedade e insônia

Palpitações

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Alterações digestivas

Erupções cutâneas semelhantes à acne

“É importante diferenciar sintomas ligados ao uso exagerado de suplementos daqueles relacionados a doenças de base que elevam naturalmente a B12”, ressalta a médica.

Naturalmente, a vitamina B12 é obtida em alimentos de origem animal. Estão entre as principais fontes:

  • Carnes vermelhas
  • Aves
  • Peixes como salmão e sardinha
  • Fígado
  • Ovos
  • Leite e derivados

"Pessoas que seguem dietas vegetarianas ou veganas têm risco maior de deficiência, já que não consomem essas fontes naturais", explica a especialista.

Quando a suplementação é necessária

A suplementação é indicada quando há deficiência confirmada por exames laboratoriais ou em situações de risco aumentado.

"Isso inclui idosos (pela menor absorção intestinal), pacientes submetidos a cirurgias bariátricas, pessoas com doenças intestinais inflamatórias (como doença de Crohn), indivíduos em uso prolongado de metformina ou inibidores de bomba de prótons, além de vegetarianos e veganos", explica a médica.

O tratamento deve ser personalizado, respeitando doses e formas de administração adequadas a cada caso, seja via oral ou injetável.

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