Ondas de calor podem estar fazendo as pessoas envelhecerem mais rápido, aponta estudo

De acordo com os cientistas, a exposição a alta temperaturas pode causar danos à saúde de modo geral

25 ago 2025 - 20h59
(atualizado às 23h08)
Resumo
Estudo da Universidade de Hong Kong aponta que a exposição prolongada a ondas de calor pode acelerar o envelhecimento biológico, especialmente em trabalhadores expostos ao ar livre, destacando a necessidade de políticas para um envelhecimento saudável.
De acordo com os cientistas, a exposição a alta temperaturas pode causar danos à saúde de modo geral
De acordo com os cientistas, a exposição a alta temperaturas pode causar danos à saúde de modo geral
Foto: Cheng Xin / Getty Images

A exposição prolongada a ondas de calor pode estar acelerando o envelhecimento das pessoas, de acordo com um estudo publicado na revista Nature Climate Change nesta segunda-feira, 25. Segundo os pesquisadores, o impacto é comparado ao mesmo dano causado por tabagismo, álcool, má alimentação e entre outros à saúde. 

A pesquisa feita por estudiosos da Universidade Hong Kong, no sudeste da China, busca mostrar a extensão e a gravidade do impacto das temperaturas extremas, que estão sendo cada vez mais frequentes devido à crise climática

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Para chegar a conclusão, foram analisados dados de exames médicos de mais de 24 mil adultos, em Taiwan, coletados por 15 anos, de 2008 e 2022. Os resultados foram comparados com a idade real de cada um para verificar como evoluíam conforme exposição. 

Aqueles que vivenciaram quatro dias a mais de ondas de calor envelheceram cerca de nove dias. Já os trabalhadores manuais, que tendem a ficarem expostos ao ar livre, foram fortemente afetados, com a idade biológica aumentando em 33 dias. Ambos dentro de um período de dois anos. 

“A aceleração da idade biológica foi calculada como a diferença entre a idade biológica e cronológica. Cada aumento no intervalo interquartil na exposição cumulativa a ondas de calor foi associado a um aumento de 0,023 a 0,031 anos na aceleração. Os participantes demonstraram adaptação gradual aos impactos das ondas de calor ao longo do período de 15 anos. Além disso, trabalhadores manuais, moradores rurais e participantes de comunidades com menos aparelhos de ar condicionado foram mais suscetíveis aos impactos na saúde”, diz o estudo. 

Segundo o grupo de pesquisadores, o intuito do levantamento é destacar a necessidade de políticas e intervenções direcionadas para promover um envelhecimento saudável. 

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Fonte: Redação Terra
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