URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Associação Médica Brasileira recebe 2,5 mil denúncias de falta de equipamentos de proteção

Maior parte das queixas é de São Paulo, Estado mais atingida pelo surto; máscara é o item com mais reclamações

30 mar 2020 - 16h02

SÃO PAULO - Em meio ao surto de coronavírus, a Associação Médica Brasileira (AMB) recebeu em uma semana 2,5 mil denúncias de falta de equipamentos individuais de proteção (EPI) por parte de médicos de todo o País.

Com base em dados de uma pesquisa realizada em seu site, a entidade acumulou queixas vindas de profissionais de ao menos 520 municípios brasileiros. O maior volume de reclamações são do Estado de São Paulo (855), unidade da federação mais atingida pelo surto de coronavírus. Em seguida aparecem Rio de Janeiro e Minas Gerais, com 273 e 262 denúncias, respectivamente.

Publicidade

De acordo com a AMB, o item mais mencionado nas queixas foi a máscara N95: 88% dos médicos que enviaram relatos para a entidade afirmaram que há carência do produto. Em 72%, houve relatos de falta de óculos ou proteção para face. Até álcool em gel está em falta nos hospitais, de acordo com os denunciantes. Ao menos 35% dos que responderam ao questionário da AMB observaram desabastecimento do item nos locais de trabalho.

A partir dos relatos recebidos, a AMB afirma que irá notificar os estabelecimentos denunciados e também o Ministério da Saúde, os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), além das Secretarias de Saúde (municipais e estaduais), assim como Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Ministério Público do Trabalho, "para garantir que ações emergenciais para fiscalização e solução dos problemas sejam tomadas".

Risco de 'apagão'

Como o Estado mostrou no domingo, 29, a falta de EPIs é um dos fatores que pode levar a um 'apagão' de profissionais de saúde durante o surto de coronavírus no País.

Segundo conselhos de classe, especialistas e trabalhadores ouvidos pelo Estado, não são apenas leitos e respiradores que serão insuficientes na assistência aos pacientes infectados. Com a carência de profissionais em alguns hospitais do País e a possibilidade de contaminação e consequente afastamento de um grande número de servidores, poderão faltar especialistas na linha de frente do combate ao vírus, como vem ocorrendo em outros países.

Publicidade
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações