Durante a pandemia de Covid-19, em Chicago, Liliana Castaneda pensava que tinha menstruado. Na ocasião, ela tinha 14 anos. Mas o sangramento se intensificou, passando a ser diário e encharcando absorventes em 15 minutos. Quando procurou ajuda médica, disseram ser estresse devido à pandemia. Ela não se contentou, e continuou investigando a situação. A agonia durou meses. Até que ela recebeu o diagnóstico de que, na verdade, se tratava de um câncer vaginal raro.
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As informações são do Northwestern Medicine, sistema acadêmico de saúde de Chicago que realizou o tratamento da jovem. Os médicos explicam que o câncer diagnosticado em Liliana é encontrado normalmente no sistema reprodutivo em mulheres na pós-menopausa.
“Nos meus 15 anos praticando medicina, Liliana é a paciente mais jovem que eu já tratei de carcinoma de células claras – a maioria dos meus pacientes tem 60 anos”, disse Dario Roque, oncologista ginecológico que atua no local.
Os especialistas afirmaram que o tumor era muito grande para ser removido cirurgicamente no momento do diagnóstico, por isso o tratamento envolveu quimioterapia e radiação. “O tumor de Tiliana era do tamanho de uma bola de golfe”, disse Jonathan Strauss, oncologista que supervisionou a radioterapia na jovem.
Liliana teve alta, ficando oficialmente declarada como livre do câncer em março de 2021. Agora ela está com 19 anos e cursa Enfermagem.
“Mal posso esperar para me tornar uma enfermeira e ajudar outras crianças a navegar em sua jornada médica”, declarou a jovem.