5 coisas para saber antes de se inscrever no pilates

Entenda como funciona o método, para quem é indicado e quais são as principais versões

30 dez 2025 - 15h10

A prática do pilates vem ganhando espaço entre pessoas que buscam melhorar a mobilidade, a flexibilidade e o bem-estar no dia a dia. O método se popularizou por reunir exercícios de baixo impacto e poder ser adaptado a diferentes idades, objetivos e condições físicas.

Baseado na integração entre mente e corpo, o pilates trabalha o controle da respiração, a concentração e a consciência corporal, propondo movimentos precisos e executados de forma consciente. Essa combinação contribui não apenas para o condicionamento físico, mas também para uma maior percepção do próprio corpo durante as atividades cotidianas.

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Entre os principais benefícios estão o fortalecimento muscular, o ganho de flexibilidade e de amplitude de movimento, a melhora da postura e a prevenção de lesões. Por isso, o método costuma ser indicado tanto para quem deseja iniciar uma rotina de exercícios quanto para quem busca reabilitação ou mais qualidade de vida.

Como costumam ser as primeiras aulas?

As primeiras aulas costumam considerar as condições e o contexto individual do aluno, como histórico de saúde, nível de atividade física e objetivos pessoais, explica Thamyres Bueno, fisioterapeuta e professora de pilates da rede Bio Ritmo.

"O ponto de partida geralmente é uma via de mão dupla entre profissional e aluno, em que há troca de informações, entendimento do histórico, das queixas e das expectativas. A partir disso, a aula é planejada para observar como aquele corpo se movimenta, utilizando exercícios mais básicos e acessíveis, sem exigir logo de início a aplicação plena de todos os princípios do método", afirma.

Segundo ela, esse cuidado é importante para que a prática seja prazerosa e para que o aluno tenha suas expectativas alinhadas. É comum, no entanto, sentir algum desconforto relacionado à resistência muscular, à mobilidade e aos alongamentos característicos da modalidade.

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O que esperar da prática?

Os efeitos costumam ser mais perceptíveis no core, região que envolve abdômen, lombar, quadris e pelve. Além de ganhos de flexibilidade e mobilidade, o pilates pode contribuir para a coordenação motora e para o sistema respiratório. Em pessoas sedentárias há mais tempo, a prática também pode favorecer a hipertrofia muscular, embora esse não seja o principal foco do método.

O pilates funciona ainda como um bom treino complementar, potencializando os resultados de outras modalidades e auxiliando na prevenção de lesões. A melhora do equilíbrio e a redução do risco de quedas também estão entre os benefícios observados.

A combinação entre consciência corporal e controle da respiração pode contribuir, ainda, para a saúde mental dos praticantes, como abordamos nesta outra reportagem.

Qual versão praticar?

O pilates pode ser praticado de diferentes formas: no solo, em aparelhos ou em aulas coletivas.

No solo, a prática é conhecida como mat pilates e não envolve o uso de grandes aparelhos. Os exercícios costumam exigir mais força, equilíbrio e consciência corporal. Além do peso do próprio corpo, podem ser utilizados acessórios como rolos, bolas e faixas elásticas.

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Uma das versões que tem ganhado destaque são as aulas coletivas em aparelhos, geralmente realizadas sobre o reformer, a plataforma deslizante tradicional do pilates. Com turmas maiores e playlists animadas, esse formato costuma atrair alunos que preferem treinar em grupo e se sentem mais motivados pela socialização, além de ser uma opção mais acessível financeiramente. Veja aqui mais detalhes desse tipo de pilates.

Existem ainda aulas que utilizam outros aparelhos, como chair, cadillac, trapézio e barrel. Esse formato costuma ter menos participantes e permite um acompanhamento mais individualizado.

Há contraindicação?

Apesar de ser uma atividade segura, adaptável e de baixo impacto, o pilates pode ser contraindicado para indivíduos com hérnia de disco, lesões agudas, inflamações, em recuperação de cirurgia recente, com problemas graves na coluna ou doenças cardíacas ou respiratórias severas.

Nesses casos, é fundamental buscar avaliação e acompanhamento de profissionais especializados. Gestantes também só podem realizar a prática com liberação médica.

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"Mais do que contraindicações, o importante é a adaptação correta dos exercícios e o acompanhamento de um profissional qualificado", explica Caroline Lo Duca, fisioterapeuta e sócia da rede de academias Pure Pilates.

Onde praticar pilates?

O pilates pode ser praticado em casa, em estúdios especializados ou em academias.

Para quem opta por treinar em casa, existem aulas online e kits de acessórios que permitem a prática sem aparelhos. Essa alternativa, porém, exige mais disciplina e atenção à execução correta dos movimentos. O apoio de um profissional, seja por meio de plataformas online ou orientação direta, é fundamental para garantir a segurança e a eficácia dos exercícios.

Em estúdios e academias, além da estrutura de aparelhos, os alunos contam com a supervisão constante de profissionais capacitados, o que facilita ajustes, progressões e adaptações ao longo do tempo.

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