O peru tornou-se tradição na ceia de Natal devido à sua origem histórica, inicialmente ligado à fartura e gratidão no Dia de Ação de Graças e, posteriormente, simbolizando status e celebração na Europa e no mundo.
O período natalino é marcado por grandes celebrações e encontros familiares. Para acompanhar as comemorações, como em toda festa, claro, uma boa comida é indispensável. E uma das iguarias mais disputadas nas ceias mundo afora, sem sombra de dúvidas, é o peru de Natal.
O hábito de comer peru na noite especial foi sedimentado ao longo do tempo, até tornar-se uma tradição. A ave, de origem norte-americana, foi domesticada na região do México, há mais de mil anos. Em 1621, tornou-se um prato festivo quando colonos ingleses e indígenas o serviram no primeiro Dia de Ação de Graças. Assim, a iguaria passou a ser associada à fartura e gratidão.
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Mais tarde, a popularização da iguaria na Europa ocorreu a partir da colonização espanhola no México. Levada ao Velho Mundo pelos espanhóis, tornou-se sinônimo de status e poder por conseguir alimentar muitas pessoas em um continente onde a sua produção era escassa. A comida era servida até mesmo em banquetes da nobreza do Rei Henrique VIII. Antes do peru, por mais inusitado que possa parecer, a carne consumida pela realeza era a de javali.
Já no século XX, segundo historiadores, o aumento da produção deixou o peru mais barato e acessível, entretanto, o prato já estava inserido nas tradicionais festas de fim de ano como um símbolo de abundância e, dessa forma, passou a ser apreciado por famílias de diferentes estratos sociais.
Com o tempo, chefs e entusiastas da culinária desenvolveram diversas receitas e técnicas para deixar o preparo cada vez mais personalizado, com marinadas exóticas, técnicas de cozimento inusitadas e temperos autorais para dar ainda mais valor à carne suculenta. No Brasil, entre as opções mais incrementadas, destacam-se o peru assado com molho de laranja, defumado e recheado com bacon e linguiça ou frutas secas e nozes. Para acompanhar, a farofa é indispensável.
Independentemente da forma de preparo, o momento de servir o peru de Natal é único, mágico e um rito de passagem. Come-se, até mesmo, no dia seguinte, tamanho o desejo despertado pela refeição farta e saborosa. Um brinde e bom apetite!