Quem disse que garagem só serve para guardar carro? Em uma reforma que fez em uma casa em São Paulo, a arquiteta paulista Claudia Pecego aproveitou que o casal proprietário do imóvel não fazia questão de manter o veículo em um local fechado e incorporou o espaço à área social da casa. Com isso, a arquiteta adicionou 14 metros quadrados a essa parte da residência, e a garagem, que ficava em um ambiente coberto abaixo do nível da rua, virou uma sala de televisão. O carro agora fica em uma área externa do terreno ou na rua, que é bem tranquila.
Para adaptar o ambiente à nova função Claudia instalou ali um grande móvel amarelo onde foram colocados livros, aparelho de som, CDs, retratos e a televisão. A peça, que ocupa toda a extensão de uma das paredes, foi desenhada pela própria arquiteta e combina com o piso vermelho de cerâmica, típico de garagens de casas antigas, que estava em perfeito estado e foi mantido, como desejavam os moradores. Claudia apenas colocou um tapete no local.
E a garagem não foi a única coisa que mudou na reforma. O andar térreo da residência foi inteiramente transformado. “Era um espaço todo compartimentado, e derrubamos várias paredes para abrir espaço e aumentar a luminosidade”, diz Claudia. Com isso, um dos lados da casa ganhou uma ampla janela, que se abre para um corredor externo, permitindo uma melhor iluminação. A arquiteta teve até de mudar um lavabo de lugar, pois ele ficava justamente na parte que foi aberta.
O casal de clientes queria mais toques de cor além do móvel amarelo da nova sala de televisão. Claudia desenhou, então, uma bancada vermelha para a cozinha americana, que combina com a amadeirado dos móveis do ambiente. Esse espaço ainda se abre para a parte de trás da casa, onde a edícula virou área gourmet, com uma churrasqueira e bancos e mesa de madeira. O aumento da área social veio bem a calhar, pois o casal teve dois filhos depois da reforma.
