PF apreende R$ 70 milhões de quadrilha responsável por queimadas na Amazônia

Grupo criminoso degradou mais de 900 hectares de floresta nativa para realizar pecuária clandestina

22 ago 2025 - 19h02
(atualizado às 22h54)
Resumo
PF apreende R$ 70 milhões de quadrilha que desmatou mais de 900 hectares na Amazônia para pecuária clandestina, usando queimadas ilegais, falsificação de documentos e "laranjas" em esquema sofisticado.
PF desarticula quadrilha que queimou mais de 900 hectares de floresta nativa na Amazônia
PF desarticula quadrilha que queimou mais de 900 hectares de floresta nativa na Amazônia
Foto: Reprodução/Rede Amazônica/Rede Globo

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira, 22, uma operação que apura crimes ambientais, fundiários e de falsificação documental relacionados à apropriação ilícita de terras públicas na Amazônia. Os agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e ordens judiciais de sequestro de bens e valores que ultrapassam R$ 70 milhões. 

De acordo com a PF, a quadrilha usava queimadas ilegais para limpar áreas destinadas à exploração pecuária clandestina. Além disso, os criminosos também atuavam por meio de falsificação de documentos, inserção de informações falsas em sistemas oficiais e do uso de pessoas "laranjas".

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A investigação também aponta que a quadrilha desmatou mais de 900 hectares de floresta nativa no município de Boca do Acre (AM), que faz fronteira com o Estado do Acre. Todos os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal Ambiental e Agrária da Seção Judiciária do Amazonas. 

O grupo criminoso do Acre criava contratos simulados com o objetivo de blindar os verdadeiros responsáveis pelos crimes, legitimar de forma fraudulenta a posse e dar aparência de regularidade à grilagem de terras públicas federais, segundo informou a investigação da Operação Smoke II. 

Os agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e ordens judiciais de sequestro de bens e valores que ultrapassam R$ 70 milhões, todos expedidos pela 7ª Vara Federal Ambiental e Agrária da Seção Judiciária do Amazonas.

"De acordo com as apurações, os investigados financiaram o desmatamento, arrendaram ilegalmente as áreas embargadas, introduziram rebanhos bovinos e construíram falsas cadeias documentais para se esquivarem das penalidades administrativas e criminais", informou a PF. 

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A primeira parte da operação iniciou-se no ano passado, no auge das queimadas no Acre. A operação Smoke integra o Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Desmatamento e às Queimadas, que visa garantir a preservação da Amazônia.

"As investigações revelaram uma associação criminosa reiterada, com atuação sofisticada e continuada ao longo dos anos, voltada a explorar economicamente a Amazônia em prejuízo da União e da sociedade", concluiu a corporação. 

Fonte: Redação Terra
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