A descoberta de substância tóxica no reservatório da represa de Salto Grande, na província de Entre Ríos, na Argentina, preocupa as autoridades depois que um grupo de capivaras foram flagradas tingidas de cor verde. O vídeo gravado por um dos turistas que estava à beira da água mostra os animais cobertos por um tom esverdeado.
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Segundo o jornal "La Nación”, o fenômeno está ligado à presença de cianobactérias na água que os animais bebem e na qual se banham. A bactéria foi descoberta no último domingo, 9. O jornal local Río Uruguay informou também que algumas praias ficaram “inutilizáveis” para banhistas devido à presença de cianobactérias na água.
As cianobactérias são organismos microscópicos que contêm clorofila, o que lhes dá essa tonalidade e permite que realizem fotossíntese. Por isso, historicamente, elas são identificadas como algas de cor verde ou azulada. Esses microrganismos são capazes de realizar fotossíntese e estão presentes em ambientes aquáticos.
Além de estarem presentes em águas doces e salgadas, muitas espécies produzem toxinas que ficam contidas nas células e podem se dissolver na água. Por esse motivo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou as cianobactérias como um problema emergente de saúde.
“Esse fenômeno, conhecido como ‘verdín’, costuma ocorrer durante o verão devido às altas temperaturas e pode se manifestar em diferentes corpos d'água”, afirmou em um comunicado a Comissão Administradora do Rio Uruguai (CARU).
A organização também alertou que “a proliferação de cianobactérias pode afetar as praias por horas ou dias, com possíveis impactos na saúde”. “A melhor medida de prevenção é observar atentamente a água e a areia. Se a água apresentar uma coloração esverdeada, aspecto turvo ou acúmulos de material semelhante a espuma, recomenda-se evitar o contato direto”, orientaram.