O Salão do Automóvel de São Paulo, o mais tradicional da América Latina, está cada vez mais esvaziado para sua edição de 2020. Poucos dias após a desistência da Toyota, a Chevrolet também anunciou que não participará da feira deste ano. Agora já são 11 marcas que desistiram do mais tradicional evento automotivo do país: Chevrolet, Toyota, Lexus, BMW, Mini, Peugeot, Citroën, Jaguar, Land Rover, Volvo e JAC Motors.
O Salão Internacional do Automóvel está marcado para os dias 12 a 22 de novembro no São Paulo Expo, na capital paulista. Diante de várias desistências seguidas, começam a surgir rumores de que a feira acabará se inviabilizando, se não financeiramente, pelo menos como atração para o público. A GM pretende focar suas atividades em 2020 -- quando terá sete lançamentos -- na experiência do cliente, em formatos diferentes.
Em 2018, o Salão de São Paulo teve mais de 540 veículos expostos. A primeira edição da feiras aconteceu em 1960, pouco depois da instalação da indústria automobilística no Brasil. O esvaziamento do Salão de São Paulo segue uma tendência mundial. Nos EUA, o tradicional Salão de Detroit teve que mudar de data para fugir da concorrência da feira de eletrônica CES, mas mesmo assim ficou sem várias marcas importantes. Na Europa, depois de 70 anos, o principal Salão do mundo trocará Frankfurt por outra cidade alemã, que pode ser Berlim, Munique ou Hamburgo.
Comunicado da GM
"A Chevrolet não participará do Salão do Automóvel de São Paulo em 2020. A nossa estratégia de vendas e marketing é baseada na experiência do cliente. A Chevrolet quer ser relevante para o cliente em todos os momentos e por meio de todos os canais escolhidos por ele. E a jornada de relacionamento do consumidor com a nossa marca vem se mostrando cada vez mais digital. Prova disso é que cerca de 32% das nossas vendas de varejo iniciam-se no ambiente digital. Temos 93% da rede de concessionários integrada em uma plataforma única na internet, que conta com o estoque de cada concessionária, de veículos novos e seminovos. Isso tudo gerou mais de R$ 3 bilhões em vendas em 2019. Assim, a estratégia é focarmos cada vez menos em formatos analógicos e apostarmos mais em plataformas digitais e customizáveis, sempre tendo o cliente como o centro de tudo o que fazemos."
