Trump volta a atacar deputadas democratas

21 jul 2019 - 16h12
(atualizado em 22/7/2019 às 09h42)

Presidente afirmou que não acredita que grupo formado por políticas de origem latina, africana e árabe "seja capaz de amar os EUA". Republicano vem sendo criticado por falas racistas.  Acusado de racismo após afirmar que quatro congressistas democratas deveriam deixar os Estados Unidos, o presidente Donald Trump voltou a atacar o grupo de opositoras neste domingo (21/07), ao dizer que elas deveriam pedir desculpas ao país e a Israel.

Foto: DW / Deutsche Welle

"Não acho que as quatro congressistas sejam capazes de amar nosso país. Devem se desculpar com os Estados Unidos (e Israel) pelas coisas horríveis (cheias de ódio) que disseram", escreveu o presidente americano no Twitter.

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Há uma semana, Trump usou a rede social para atacar o grupo de congressistas, conhecido como "o esquadrão" e formado pela latina Alexandria Ocasio-Cortez, pela afro-americana Ayanna Pressley e pelas muçulmanas Ilhan Omar e Rashida Tlaib.

"Elas estão destruindo o Partido Democrata, mas são pessoas fracas e instáveis que nunca poderão destruir nossa grande nação", continuou Trump no Twitter.

As mensagens nas quais o presidente pedia para que as quatro congressistas voltassem aos respectivos seus países foram muito criticadas pela oposição e até por aliados do Partido Republicano. Desde então, Trump tem sido acusado de racismo e de apoiar o supremacismo branco.

Ocasio-Cortez, Tlaib e Pressley nasceram em Nova York, Detroit e Chicago, respectivamente. Já Omar nasceu na Somália, mas foi trazida ainda criança por seus pais para viver no país e tem cidadania americana.

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Questionado se considera Trump racista, o presidente do Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara dos Representantes, o democrata Elijah Cummings, deu uma resposta sucinta e enfática. "Não há qualquer dúvida sobre isso", disse o congressista.

"Quando você não está de acordo com o presidente, de repente vira uma pessoa ruim", lamentou Cummings em entrevista à emissora "ABC".

Os ataques feitos por Trump no último domingo foram repetidos por simpatizantes em um comício realizado nesta semana em Greenville, na Carolina do Norte. Enquanto o presidente criticava a congressista de origem somali, o público começou a cantar "Mande-a de volta".

Trump tentou se distanciar dos cânticos no dia seguinte, ao dizer que não estava de acordo com as palavras de ordem ditas pelos simpatizantes, mas entrou em contradição na sexta-feira, quando chamou os eleitores que compareceram ao comício de "patriotas incríveis".

Questionado se estava "descontente" com o cântico racista, Trump respondeu que não. "Sabem com o que estou descontente? Com o fato de uma congressista poder odiar o nosso país", completou o presidente americano.

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JPS/efe/ots

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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | App | Instagram | Newsletter

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