Vazamento de dados corporativos: 33% acaba em demissão

Em um mundo no qual segurança online é parte vital de uma empresa, a ética dos funcionários pode ser um fator de vida ou de morte.

5 out 2018 - 10h18
(atualizado às 10h25)

De CEO a um funcionário comum, uma grande quantidade de colaboradores é  demitida todos os anos por expor de alguma forma os dados dos clientes de uma empresa. A violação e vazamento de dados corporativos se tornou um problema tão grande que hoje 1/3 dos casos acaba em demissão sumária do funcionário.

Os  dados são do relatório do Kaspersky Lab em conjunto com a B2B International, divulgados nesta semana. Entre os  demitidos no último ano, 29% (em PMEs ― pequenas e médias empresas) e 27% (em grandes corporações) eram funcionários do alto escalão e não relacionados à área de TI.

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O estudo From data boom to data doom: the risks and rewards of protecting personal data mostra que 43% as empresas em todo o mundo sofreram pelo menos uma violação de dados no último ano e que, em 2/5 deles, informações pessoais de clientes foram afetadas (41% nas PMEs e  40% em grandes empresas). Depois disso, nem sempre os profissionais envolvidos, mesmo os altos executivos, conseguiram manter seus empregos.

Foto: Reprodução

Para as empresas, o estrago é bem maior do que apenas ficar sem um funcionário: 45% das PMEs e 47% das empresas tiveram de pagar uma indenização aos clientes afetados. Mais de 1/3 – 35% e 38%, respectivamente – registraram problemas para conquistar novos clientes, e mais de 1/4 das PMEs (27%) e grandes corporações (31%) foi obrigada a pagar multas.

Em qualquer  empresa hoje em dia é praticamente impossível não armazenar dados pessoais sigilosos. Segundo o relatório, 88% das empresas coletam e armazenam informações de identificação pessoal de seus clientes e 86% coletam e armazenam informações de identificação pessoal de funcionários. Além disso, nos ambientes cada vez mais complexos de hoje, com as novas regulamentações, como o GDPR, o armazenamento de informações pessoais também acarreta riscos de conformidade.

Foto: Reprodução

Cerca de 20% das informações sigilosas e de clientes são hospedados fora do perímetro corporativo: nuvem pública, dispositivos de funcionários e aplicativos de SaaS (nuvem). Isto torna o controle do fluxo de dados e a manutenção de sua segurança um desafio para qualquer empresa.

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“Ao mesmo tempo que uma violação de dados pode ser devastadora para a empresa como um todo, também pode haver um impacto muito pessoal sobre as vidas das pessoas, sejam clientes ou funcionários que cometeram erros. Isto é um lembrete de que a cibersegurança tem implicações na vida real e, de fato, deve ser uma preocupação para todos. Hoje em dia, as informações viajam entre dispositivos e nuvem e, com a imposição de regulamentações como o GDPR, é essencial que as empresas prestem ainda mais atenção a suas estratégias de proteção de dados”, diz Dmitry Aleshin, vice-presidente de marketing de produtos da Kaspersky Lab.

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