A Secretaria da Segurança Pública (SSP) encara o assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, ocorrido nesta segunda-feira, 15 de setembro, como vingança do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Fontes, que ficou conhecido por sua atuação contra a facção, foi baleado em uma emboscada enquanto saía da sede da Prefeitura de Praia Grande.
Ele chefiou a Polícia Civil paulista entre 2019 e 2022, após ser nomeado para o cargo de delegado-geral no então governo João Doria (na época no PSDB).
"Isso aí certamente foi vingança do PCC. Ele lutou muito contra a facção", disse o secretário-executivo da Secretaria da Segurança Pùblica, Osvaldo Nico Gonçalves, em entrevista ao Metrópoles.
Em 2006, ele foi o responsável por indiciar toda a cúpula do primeiro Comando da Capital (PCC), inclusive Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, antes de os bandidos serem isolados na penitenciária 2 de presidente Venceslau.
O ex-delegado era secretário de Administração Pública de Praia Grande e despachou na prefeitura normalmente. Quinze minutos antes de sair do prédio, conversou por telefone com o procurador de Justiça Márcio Christino.
"Fui o último a conversar com ele. Ele não estava fazendo nada ligado à segurança, estava afastado da área", afirmou o procurador.
De acordo com ele, Fontes saiu da prefeitura e foi seguido por bandidos em uma Hilux. Imagens de câmeras de segurança mostram que Fontes estava em alta velocidade, provavelmente fugindo dos bandidos, quando entra no cruzamento e é atingido por um ônibus. O carro capota. Os bandidos descem da picape com fuzis e atiram no delegado, que reagiu.
Ruy como era conhecido, já havia escapado em outra oportunidade de uma plano para assassiná-lo. Ele trabalhava então no 69.º DP, na Cohab Teotônio Vilela. Era 2010.