Responsáveis por intervenções na Pampulha comemoram o fato do conjunto moderno ser eleito Patrimônio Mundial da Humanidade

O conjunto moderno da Pampulha é eleito, pela Unesco, Patrimônio Mundial da Humanidade

18 jul 2016 - 12h53

Neste domingo, o conselho da Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação (Unesco), composto por membros de 21 países, anunciou em Istambul, na Turquia, o reconhecimento do Conjunto Moderno da Pampulha como Patrimônio Mundial da Humanidade.

Foto: DINO

O conjunto arquitetônico é composto pela Igreja São Francisco de Assis, o Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile e o Iate Tênis Clube, construídos entre os anos de 1941 e 1943, as praças Dino Barbieri e Alberto Dalva Simão, além do espelho d´água e a orla da Lagoa.

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Segundo o arquiteto Marcelo Palhares Santiago, diretor do escritório Horizontes Arquitetura e Urbanismo, este título traz para a cidade de Belo Horizonte uma visibilidade mundial, incentivando o turismo, além de colocá-la numa rota turística que inclui grandes patrimônios construídos como as Pirâmides de Gisé, no Egito; Machu Pichu, no Peru; a Sagrada Família, em Barcelona; o Palácio de Versailles, na França, dentre outros.

"A partir de agora, a Unesco fará uma verificação periódica para avaliar se o Conjunto da Pampulha está sendo corretamente preservado e esta é uma garantia de que a prefeitura, em todas as gestões futuras, terá obrigação de investir na preservação do patrimônio e manter a lagoa limpa. A cidade será beneficiada pela atração de turistas e pelo compromisso assumido pela prefeitura de que este patrimônio terá atenção constante e será preservado", avalia.

A importância histórica das edificações, além do estado de conservação e planos de manutenção foram pontos importantes para a validação deste título para o Conjunto Moderno da Pampulha, que cumpria todos estes requisitos.

"A Unesco levou em conta a grande relevância histórica do conjunto moderno projetado por Oscar Niemeyer. A Pampulha, na época em que foi construída, foi considerada uma revolução na arquitetura e seus projetos e fotos foram publicados em livros e revistas do mundo inteiro. Mesmo após 70 anos de sua concepção, as linhas modernas do conjunto da Pampulha continuam atuais e seguem como referência de ousadia", avalia Marcelo Palhares.

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O arquiteto relata que, apesar dos edifícios do conjunto ainda não estarem completamente restaurados, a prefeitura apresentou à Unesco, por meio do dossiê, todos os planos de recuperação, que incluem a recuperação e limpeza da lagoa e os projetos de restauração dos edifícios.

"Os projetos, entre eles a restauração do Museu de Arte da Pampulha, elaborado pela Horizontes Arquitetura e Urbanismo, foram cuidadosamente desenvolvidos seguindo procedimentos de restauração definidos em convenções internacionais. A Unesco avaliou todas estas questões, analisou e validou os projetos, reconhecendo a qualidade dos trabalhos e o compromisso da prefeitura de efetuar as obras de recuperação", analisa Marcelo Palhares.

Marcelo ressalta que é um grande privilégio para a cidade de Belo Horizonte contar com um espaço público de tamanha importância mundial e reitera o orgulho de poder fazer parte deste momento especial.

"Nossa equipe tem muito orgulho de ter participado desta empreitada, especialmente no projeto de restauração do antigo Cassino, atual Museu de Arte da Pampulha. O projeto é uma referência mundial, considerado por alguns críticos de arquitetura, como o melhor projeto da carreira de Oscar Niemeyer. Esperamos que todos estes espaços sejam restaurados o mais breve possível e a população possa usufruir destes que, desde 1940, foram planejados como o grande palco de lazer dos belo-horizontinos", encerra.

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