O que acontece na parede do olho de um furacão?

A região é a mais devastadora deste sistemas

19 set 2017 - 13h24
(atualizado às 14h18)

O olho do furacão, diferentemente do que algumas pessoas pensam, na verdade é a parte mais calma de um furacão. Em média o olho de um furacão tem um diâmetro entre 30 e 60 km e é uma região de calmaria, com ventos fracos, com céu claro ou com poucas nuvens.

A pior parte de um furacão é a região que envolve o olho, chamada de parede do olho. Na parede do olho são observados os ventos e chuvas mais intensas do sistema.

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Em superfície os ventos convergem em direção ao centro do furacão,  forçando o ar a subir e assim formando as nuvens de tempestade. A região da parede do olho é onde essa convergência ou encontro dos ventos é mais intensa. Dessa forma, o ar sobe com maior velocidade, potencializando o transporte de umidade e a energia disponível para a formação das tempestades. 

 

Foto: Climatempo

Esquema da parede de nuvens do olho de um furacão

Quando dizemos que o olho de um furacão passará sobre uma região também estamos dizendo que, em algum momento, a parte da parede do olho também passará sobre o local. Por isso, muitas  pessoas associam o tempo severo com o olho do furacão. Mas na verdade, o que causa a ventania e a chuva torrencial são as enormes nuvens da parede do olho.

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O olho do furacão Irma, e consequentemente sua parede, passou sobre a ilha de Barbuda entre os dias 05 e 06 de setembro como um furacão de categoria 5, com ventos de 295 km/h. O resultado foi a destruição de aproximadamente 95% da região segundo as autoridades locais.

Foto: Climatempo

Imagem realçada do furacão Irma do das 02h35 (hora de Brasília) do dia 06 de setembro de 2017. Fonte: NOAA/CIMSS/JPSS

Na imagem a seguir é apresentada a imagem realçada do satélite GOES-13 do furacão Maria do dia 19 de setembro às 11h45 (hora de Brasília). Os tons em vermelho indicam a região de nuvens com topo mais frio, ou seja, nuvens com maior desenvolvimento vertical.

Foto: Climatempo

Imagem realçada do furacão Maria com destaque para a região da parede do olho. FONTE: NOAA

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Fontes:

FAQ/NHC NOAA 

Remoting Sensing Using Satellites

University of Illinois

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