Venezuela revoga direitos de voo de seis companhias aéreas em meio à escalada de tensões com os EUA

A medida reduz ainda mais a conectividade do mundo com o país caribenho

27 nov 2025 - 07h53
(atualizado às 08h14)
Resumo
A Venezuela revogou os direitos de voo de seis companhias aéreas internacionais após suspensão de operações devido a um alerta de segurança emitido pelos EUA, intensificando tensões entre os países.
O Aeroporto Internacional Símon Bolivar, de Caracas, na Venezuela
O Aeroporto Internacional Símon Bolivar, de Caracas, na Venezuela
Foto: NurPhoto / GettyImages

A Venezuela revogou os direitos de operação de seis grandes companhias aéreas internacionais que suspenderam os voos para o país após um aviso da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos.

A autoridade de aviação civil revogou as licenças de Iberia, TAP, Avianca, Latam Colombia, Turkish Airlines e Gol, o que reduz ainda mais a conectividade com o país caribenho e cumpre suas ameaças feitas esta semana.

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Em um comunicado, Caracas disse que as companhias aéreas "aderiram às ações de terrorismo de Estado promovidas pelos Estados Unidos" ao suspender "unilateralmente" os voos comerciais.

Na semana passada, o órgão regulador da aviação dos EUA alertou companhias aéreas sobre uma "situação potencialmente perigosa" ao sobrevoar a Venezuela devido a uma "situação de segurança cada vez pior e ao aumento da atividade militar no país ou em seus arredores".

Caracas afirmou que o órgão regulador dos EUA não tem competência sobre seu espaço aéreo.

Os militares dos EUA têm enviado forças para o Caribe há meses, em meio ao agravamento das relações com a Venezuela, para combater o que foi retratado como o papel do presidente Nicolás Maduro no fornecimento de drogas ilegais que matam norte-americanos.

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Maduro negou as acusações e disse que o presidente dos EUA, Donald Trump, está tentando destituí-lo.

Em um comunicado na segunda-feira, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês)) disse que as autoridades venezuelanas deram às companhias aéreas internacionais um prazo de 48 horas para retomar os voos, ou corriam o risco de perder seus direitos de voar para o país.

COMPANHIAS AÉREAS

Várias companhias aéreas internacionais cancelaram voos para a Venezuela nos últimos dias, ignorando o prazo de 48 horas dado por Caracas.

A Iberia disse que deseja retomar os voos para a Venezuela assim que as condições de segurança forem atendidas.

Air Europa e Plus Ultra suspenderam os voos, mas não tiveram suas autorizações revogadas.

Companhias aéreas internacionais Copa e Wingo continuam a operar na Venezuela, assim como as companhias aéreas domésticas que voam para Colômbia, Panamá e Curaçao.

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