Um tribunal de Istambul, na Turquia, iniciou nesta sexta-feira (3) o julgamento de 20 sauditas acusados pelo assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, ocorrido no dia 2 de outubro de 2018.
Khashoggi, um ferrenho crítico do governo da Arábia Saudita, foi morto dentro da representação diplomática. A princípio, o regime saudita chegou a negar envolvimento no assassinato, mas depois admitiu que o jornalista foi morto e desmembrado dentro do consulado.
Entre os 20 acusados, que não estão na Turquia, a investigação identificou um ex-assessor do príncipe Mohammed bin Salman, Saud al-Qatani, e o ex-vice-chefe da Inteligência saudita Ahmed al-Assiri. Os dois são acusados de planejar e ordenar o assassinato de Khashoggi. As autoridade turcas, no entanto, pedem prisão perpétua para todos os envolvidos.
Riad afirma que o crime ocorreu como resultado de uma operação não autorizada e nega qualquer acusação de envolvimento do herdeiro do trono saudita, que foi sugerida pelos especialistas da CIA e da Organização das Nações Unidas (ONU).
Hatice Cengiz, noiva de Khashoggi, foi a última pessoa a vê-lo fora do escritório diplomático. Já os filhos de Khashoggi disseram anteriormente que "perdoam" os autores do crime.