O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira (10) um memorando que determina o envio de ajuda humanitária e sanitária à Itália por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
O texto estabelece que o governo deve identificar excedentes de equipamentos que possam ser "distribuídos para fins humanitários na Itália" e facilitar o contato entre as autoridades do país europeu e companhias e ONGs americanas para a venda ou doação de materiais sanitários.
Além disso, Trump ofereceu os militares dos EUA alocados na Itália - cerca de 30 mil - para prover "serviços de telemedicina", facilitar a "montagem de hospitais de campanha" e transportar "suprimentos, combustível e alimentos".
As bases militares americanas na Itália também poderão tratar pacientes que não estejam com Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. O memorando ainda autoriza, de forma vaga, os departamentos responsáveis a "apoiarem a recuperação da economia italiana".
"A República Italiana, um de nossos mais próximos e antigos aliados, está sendo devastada pela pandemia de Covid-19, que já ceifou mais de 18 mil vidas, deixou boa parte do sistema de saúde italiano à beira do colapso e ameaça empurrar a economia italiana para uma profunda recessão", diz o memorando.
Em seguida, Trump afirma que o governo da Itália pediu ajuda dos EUA. "Apesar de a primeira responsabilidade do governo dos EUA ser com o povo americano, socorrer a Itália vai ajudar na luta contra a pandemia de Covid-19 e a mitigar o impacto da crise, ao mesmo tempo em que demonstra a liderança dos Estados Unidos em face das campanhas de desinformação da Rússia e da China, diminuindo o risco de reinfecções a partir da Europa nos Estados Unidos e mantendo as cadeias de fornecimento cruciais", acrescenta.
Recentemente, Trump também prometeu enviar US$ 100 milhões em materiais sanitários à Itália, que contabiliza 147,57 mil casos do novo coronavírus e 18,84 mil óbitos. Já os EUA somam mais de 500 mil infectados e 18,77 mil falecimentos.