Suíça terá referendo sobre medidas anti-Covid

Consulta popular, no entanto, não deve ocorrer antes de junho

16 jan 2021 - 14h17
(atualizado às 15h41)

A Suíça vai realizar um referendo para decidir se o governo federal tem o poder de adotar medidas restritivas contra a pandemia do novo coronavírus.

Fila em loja de Lausanne, na Suíça, antes de fechamento do comércio não essencial, que passa a valer em 18 de janeiro
Fila em loja de Lausanne, na Suíça, antes de fechamento do comércio não essencial, que passa a valer em 18 de janeiro
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A campanha pela consulta popular é promovida pelo grupo "Amigos da Constituição", que apresentou uma petição com 86 mil assinaturas para convocar um referendo de revogação de uma lei anti-Covid aprovada em setembro de 2020.

Publicidade

Até dezembro passado, o governo suíço vinha relutando em impor novas restrições durante a "segunda onda da pandemia", o que causou inclusive tensões com países vizinhos por causa da decisão de manter estações de esqui abertas.

No entanto, a explosão dos casos de coronavírus forçou o governo a impor o fechamento de bares e restaurantes e do comércio não essencial. As medidas foram tomadas com base na legislação de 2020 que o grupo Amigos da Constituição busca revogar.

"O governo está se aproveitando da pandemia para introduzir mais controles e reduzir a democracia", disse Christoph Pfluger à imprensa local. O resultado do referendo será vinculante, mas a consulta popular não deve ocorrer antes de junho, quando muitas das medidas anticontágio já podem ter caído.

A Suíça possui um sistema de democracia participativa que permite a convocação de referendos para revogar leis federais com petições que reúnam pelo menos 50 mil assinaturas, menos de 1% da população nacional.

Publicidade
  
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se