Premiê da Grécia pede que UE enfrente preços altos antes de eleições ao Parlamento Europeu

20 mai 2024 - 11h00

O primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, pediu à União Europeia que reduza os preços altos de produtos no continente o mais rápido possível, o que ele classificou como um desafio político crucial antes das eleições para o Parlamento Europeu.

A indignação com a queda dos padrões de vida é compartilhada por milhões de europeus e deve prejudicar o apoio aos partidos tradicionais na votação de 6 a 9 de junho para os 720 parlamentares da assembleia da UE.

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Em uma carta enviada em 18 de maio à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o líder conservador grego afirmou que a inflação havia evidenciado problemas no funcionamento dos mercados, o que levou a discrepâncias nos preços de bens essenciais em todo o bloco.

Segundo ele, na Grécia e em outros países, incluindo Bélgica, Croácia, República Tcheca, Dinamarca e Eslováquia, bens de consumo essenciais fabricados por empresas multinacionais foram vendidos a "preços excessivamente altos" em comparação com outros membros da UE.

Ele acrescentou que um dos principais motivos é o fato de as multinacionais terem imposto restrições territoriais de fornecimento nos mercados dos países da UE para tirar proveito de sua posição dominante.

A UE precisa demonstrar que pode "intervir de forma decisiva, rápida e eficaz" para resolver esses problemas.

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"A recente crise inflacionária levou a uma erosão significativa do poder de compra dos cidadãos europeus e destacou, por um lado, o poder assimétrico de algumas grandes empresas multinacionais... e, por outro, o poder coletivo inexplorado de nossa União", disse Mitsotakis.

A crise do custo de vida foi desencadeada por um aumento global da inflação, exacerbado pelos picos de preços de energia provocados pela guerra na Ucrânia. A Grécia teve o segundo menor nível de PIB per capita da UE em 2023, de acordo com dados do Eurostat.

Mitsotakis propôs impedir que empresas multinacionais vendam produtos de consumo idênticos com marcas diferentes em diferentes países da UE e o fortalecimento das leis de concorrência do bloco.

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