Polônia comunista ajudou grupo de Abu Nidal, diz ex-ministro

2 mar 2010 - 07h01
(atualizado às 13h04)

O regime comunista polonês protegeu e armou na década de 1980 vários extremistas palestinos, entre eles o líder do Fatah - Conselho Revolucionário (Fatah-CR), Abu Nidal, afirmou o general Czeslaw Kiszczak, por foi ministro do Interior da Polônia na época.

"Fechamos os olhos para o fato de que chegavam a Polônia para se curar, para descansar antes de novas ações terroristas", disse o ex-braço direito do general Wojciech Jaruzelski ao canal TVN.

Segundo Kiszczak, a Polônia também vendeu armas para o grupo de Abu Nidal.

Enquanto era procurado em todo o mundo, Sabri Al-Banna, conhecido pelo nome de guerra de Abu Nidal, dirigia nos anos 1980 uma empresa na Polônia, identificada pela TVN com a sigla SAS.

Entrevistado no mesmo programa, o ex-chefe de Estado e antigo líder do Partido Comunista da Polônia, Wojciech Jaruzelski, disse que não recordava de "tais coisas".

Jaruzelski também negou um comércio de armas com grupos terroristas.

Segundo Kiszczak, o governo dos Estados Unidos rastreou o comércio de armas e pediu em 1987 a expulsão de todos os envolvidos.

Os extremistas palestinos ficaram na Polônia até 1993, segundo a TVN.

O grupo de Abu Nidal, responsável por muitos atentados, especialmente na Europa, entre 1970 e 1988, figurou durante anos na lista de organizações terroristas do Departamento de Estado americano.

Abu Nidal morreu em agosto de 2002 no Iraque.

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