Grupo curdo assume ataque terrorista que matou 28 na Turquia

19 fev 2016 - 17h34
(atualizado às 18h08)
Foto: Getty Images

Um grupo guerrilheiro curdo, conhecido como "Falcões da Liberdade do Curdistão" (TAK, sigla em curdo), reivindicou nesta sexta-feira a autoria do ataque contra um comboio militar em Ancara que causou 28 mortes na quarta-feira passada.

"Batemos no coração do fascista Estado turco", afirma um comunicado do grupo, divulgado no site do Tak, grupo considerado a cisão mais radical do Partido dos Trabalhadores de Curdistão (PKK), proscrito pela Turquia.

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A nota identifica o autor suicida da ação como Abdulbaki Sönmez, com o "nome de guerra" de Zinar Raperin, nascido em Van, na Turquia, em 1989.

O grupo nega assim a teoria do governo de Ancara de que o agressor fosse sírio. As autoridades turcas quiseram atribuir a autoria do atentado às milícias curdas da Síria, as YPG, fato negado pela parte acusada.

Em comunicado, o TAK afirma que o ataque foi cometido "como vingança pelo sanguinário massacre de civis em um porão de Cizre", cidade do sudeste da Turquia onde o exército luta há meses contra jovens guerrilheiros curdos.

"Os combatentes do TAK seguirão semeando medo no coração do inimigo em todas partes", assegura a nota, na qual a Turquia é classificada como "ditadura fascista".

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O TAK reivindicou vários ataques e atentados contra civis turcos desde 2004, apesar de ainda se saber muito pouco sobre as estruturas ou fins deste grupo.

Muitos analistas consideram o TAK simplesmente uma "marca subsidiária" do PKK, utilizada para reivindicar atentados que poderiam dar imagem ruim desta guerrilha, especialmente quando há morte de civis.

  
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