Desconfiança entre Irã e EUA é mútua; veja histórico
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Imagem de janeiro de 1979 mostra o aiatolá Ruhollah Khomeini ainda no exílio, na França. Khomeini retornou ao Irã no mesmo ano e promoveu a Revolução Islâmica que derrubou o xá Reza Pahlavi. Segundo Mousavian, após a revolução, amplamente apoiada pela população local, os países ocidentais romperam unilateralmente seus compromissos com o Irã e deixaram bilhões de dólares em projetos industriais e nucleares inacabados
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O xá (monarca) do Irã, Reza Pahlavi (dir.), se encontra com o secretário de Estado americano, Henty Kissinger (esq.), em Zurique, na Suíça, em 18 de fevereiro de 1975. Segundo o diplomata iraniano Hossein Mousavian, a atual desconfiança do Irã em relação aos Estados Unidos tem origem no golpe de 1953, apoiado pelo país e pelo Reino Unido, que derrubou o primeiro-ministro Mohammed Mossadegh, eleito democraticamente, para instalar a ditadura de Pahlavi
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Os corpos de soldados iranianos são fotografados em pântano nas proximidades da cidade iraquiana de al-Howeizah, em 22 de março de 1985. O Iraque, do então líder Saddam Hussein, invadiu o Irã em 1980. A guerra entrou os dois países durou oito anos, arruinou economicamente ambos e custou a vida de 300 mil iranianos ¿ Hussein também aprovou o uso de armas químicas contra seus adversários. O Ocidente apoiou o Iraque
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Em 7 de julho de 1988, milhares de pessoas participam de funeral de passageiros e tripulantes de avião da Iran Air que foi derrubado pela Marinha americana quando sobrevoava o Golfo Pérsico. Mousavian também apontou o ataque à aeronave, que deixou 290 civis mortos, incluindo 66 crianças, como um dos fatores que levam o Irã a não confiar no Ocidente. Os EUA alegaram que o ataque foi acidental, mas partiu de uma embarcação que estava em águas iranianas em confronto com a Marinha local
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Imagem de outubro de 1986 exibe o americano Edward Austin Tracy, feito refém no Líbano por um grupo pró-Irã. Em 1989, o presidente iraniano Ali Akbar Hashemi Rafsanjani se abriu à política do americano George Bush de "boa-vontade gera boa-vontade" - que propunha a ajuda do Irã para a libertação de reféns internacionais no Líbano em troca de descongelamento de bens do país. Mousavian diz que o Irã cumpriu sua parte, enquanto os EUA responderam com o aumento nas hostilidades
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O representante da União Europeia Chris Patten cumprimenta o presidente iraniano, Mohammad Khatami, em Teerã, no dia 26 de setembro de 2001. O encontro fazia parte das tentativas de convencer o Irã a apoiar os esforços globais contra o terrorismo após o 11 de setembro. Segundo Mousavian, o Irã esteve entre os primeiros países a condenar os ataques e se dispôs a cooperar com os EUA. Em contrapartida, George Bush, o filho, classificou posteriormente o Irã como parte do "Eixo do Mal"
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O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad (dir.), se encontra com o representante russo Nikolai Patrushev (esq.), em Teerã, em agosto de 2011. Por fim, Mousavian aponta que, em 2011, o Irã se dispôs a aceitar um plano russo para resolver a questão nuclear, em que se oferecia a aceitar a total supervisão da AIEA e limitar o enriquecimento de urânio, em troca de receber barras de combustível para seus reatores. Ele aponta que novamente a resposta foi a adoção de sanções mais duras