Justiça de Los Angeles nega pôr fim a acusação de 1977 contra Polanski

24 dez 2014 - 18h38

Um juiz de Los Angeles recusou uma oferta de advogados de Roman Polanski para encerrar o caso de abuso sexual infantil de 1977 contra o diretor vencedor do Oscar, disse nesta quarta-feira uma porta-voz do tribunal.

A decisão do juiz da suprema corte de Los Angeles James Brandlin, na terça-feira, é a mais recente derrota do cineasta ao tentar ter o caso encerrado sem ter que retornar aos Estados Unidos.

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Os advogados de Polanski apresentaram documentos judiciais, na semana passada, em uma tentativa de acabar com o caso, pelo menos em parte para permitir que o vencedor do prêmio de melhor diretor, com o filme "O Pianista", pudesse viajar livremente sem a ameaça de extradição.

Brandlin negou o pedido em uma decisão de nove páginas, disse um porta-voz do tribunal.

Os advogados do diretor lutaram por anos para ter o caso encerrado com reivindicações de que Polanski foi vítima de má conduta judicial e dos procuradores. Tribunais têm decidido que eles não podem resolver o problema, a menos que Polanski retorne para a Califórnia.

Polanski, de 81 anos, foi acusado em 1977 de estuprar uma menina de 13 anos, em Los Angeles, depois de tê-la oferecido champanhe e drogas. Ele se declarou culpado de ter relações sexuais ilegais com uma menor.

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Mas o diretor de filmes como "O Bebê de Rosemary" e "Chinatown" fugiu para a França antes da sentença, temendo que o juiz impusesse mais tempo de prisão do que os 42 dias que havia passado atrás das grades para uma avaliação psiquiátrica.

Os advogados do diretor, nascido na França, argumentaram que ele cumpriu a pena e que não precisa estar presente no tribunal para que o caso seja encerrado oficialmente. Há um mandado de prisão para Polanski nos Estados Unidos.

Um representante do gabinete do procurador distrital de Los Angeles não pôde ser encontrado para comentar o assunto. O agente de Polanski não quis comentar.

(Reportagem adicional de Eric Kelsey)

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