Jovem é morta, e órgãos são supostamente traficados após se candidatar a vaga de modelo na Tailândia

Vera Kravtsova, de 26 anos, teria sido traficada para Mianmar após promessas de carreira como modelo

16 out 2025 - 17h30
(atualizado às 17h58)
Vera Kravtsova
Vera Kravtsova
Foto: Reprodução/East2West

A jovem bielorrusa Vera Kravtsova, de 26 anos, foi dada como morta e teve, supostamente, seus órgãos traficados depois de se candidatar a uma vaga de modelo na Tailândia. De acordo com o site Mash, Vera viajou até Bangcoc com o sonho de seguir carreira internacional, mas acabou sendo traficada para Mianmar.

Cantora, que chegou a participar de programas de TV, Vera acreditava que faria ensaios fotográficos no exterior. No entanto, em setembro, foi levada à força para Mianmar, onde foi mantida em cativeiro e submetida a trabalho escravo.

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Ainda segundo o Mash, o esquema seria operado por quadrilhas chinesas com apoio de milícias locais. Estima-se que até 100 mil pessoas estão sendo mantidas em condições semelhantes em diferentes regiões do país.

Durante o cativeiro, Vera era obrigada a "ficar bonita para extorquir dinheiro de clientes ricos", sob ameaça constante de morte e tráfico de órgãos. No início de outubro, após ficar sem clientes, a jovem desapareceu.

Vera tinha diploma universitário
Foto: Reprodução/East2West

Dias depois, a família foi informada de que Vera havia sido encontrada morta. Segundo o site britânico The Sun, os criminosos exigiram cerca de US$ 500 mil para o transporte do corpo até a Bielorrússia. Sem recursos, os familiares foram comunicados de que o corpo havia sido cremado.

Mianmar tem se tornado um dos principais pontos de atuação de redes criminosas que enganam jovens com falsas promessas de trabalho e carreira internacional. As vítimas são obrigadas a entregar os passaportes, têm os celulares confiscados e são impedidas de contatar familiares ou autoridades.

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O país também já foi cenário de casos semelhantes envolvendo brasileiros. Em 2024, os brasileiros Phelipe de Moura Ferreira, de 26 anos, e Luckas Viana dos Santos, de 31, foram mantidos reféns por três meses por uma máfia de golpes cibernéticos. Eles haviam aceitado propostas de emprego falsas e foram levados ao KK Park, em Mianmar.

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Eles eram espancados quase todo dia e eram obrigados a aplicarem golpes pela internet, conforme relatou Luckas. Ambos foram resgatados em fevereiro de 2025.

Fonte: Portal Terra
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