Itália chega a 689 casos de varíola dos macacos

Quase 99% dos contágios ocorreram em homens

19 ago 2022 - 09h12
(atualizado às 09h27)

Subiu para 689 o número de casos confirmados de varíola dos macacos na Itália.

Vacinação contra varíola dos macacos em Los Angeles, nos EUA
Vacinação contra varíola dos macacos em Los Angeles, nos EUA
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O boletim divulgado nesta sexta-feira (19) pelo Ministério da Saúde traz um aumento de 27 contágios em relação ao balanço anterior, publicado há três dias.

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De acordo com o governo, 679 pessoas já infectadas pelo vírus no país são homens, e apenas 10, mulheres. Pelo menos 190 casos estão ligados a viagens ao exterior, e a região com o maior número de contágios é a Lombardia, com 297, seguida por Lazio (125) e Emilia-Romagna (72).

A Itália já iniciou uma campanha de vacinação voltada sobretudo a pessoas gays, transgênero, bissexuais e homens que tiveram relações sexuais com homens.

Dentro dessas categorias, são priorizados os indivíduos que tenham tido comportamentos de risco, como participação em eventos de sexo de grupo e consumo de drogas químicas durante relações sexuais.

O imunizante usado é o Jynneos, desenvolvido inicialmente para combater a varíola humana, doença erradicada no mundo desde 1980.

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A varíola dos macacos pode ser transmitida por gotas de saliva e por contato com fluidos corporais e lesões cutâneas, inclusive durante relações sexuais. Já os sintomas são semelhantes aos da varíola humana: febre, dores musculares e bolhas na pele, embora de forma mais leve.

O nome "varíola dos macacos" se deve ao fato de o vírus ter sido descoberto em colônias de símios, em 1958. Atualmente, acredita-se que os roedores sejam os principais hospedeiros do patógeno.

No último dia 23 de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença como "emergência de interesse internacional", seu mais alto nível de alerta.  

  
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