Hamas afirma ter libertado duas reféns norte-americanas

Mãe e filha foram libertadas por razões humanitárias após negociações com autoridades do governo do Catar

20 out 2023 - 14h22
(atualizado às 19h33)
Ataque de Israel a Gaza
11/10/2023
REUTERS/Saleh Salem
Ataque de Israel a Gaza 11/10/2023 REUTERS/Saleh Salem
Foto: Reuters

Um integrante do Hamas anunciou nesta sexta-feira, 20, a libertação de duas mulheres que faziam parte dos 203 reféns mantidos pelo grupo palestino. O governo israelense teria confirmado essa informação, de acordo com informações da imprensa local.

Conforme declarado pelo porta-voz do Al-Qassam, braço armado do Hamas, as reféns libertadas são cidadãs dos Estados Unidos, sendo mãe e filha.

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De acordo com o grupo extremista, as reféns foram libertadas por razões humanitárias após negociações com autoridades do governo do Catar. Os Estados Unidos ainda não confirmaram a informação. 

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O governo de Israel também ainda não havia fornecido detalhes sobre a libertação, mas afirmou que tinha informações de que as 203 pessoas mantidas como reféns pelo Hamas estavam vivas.

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Entenda os principais pontos da guerra entre Israel e Hamas:

  •  O número de mortos em Gaza continua crescendo; 4.137 palestinos já morreram, sendo 1.524 mulheres, mil mulheres e 11 jornalistas, além de 13 mil feridos;
  • Do lado isralense são 1.403 mortos (a maioria vítima dos ataques em 7 de outubro), sendo 306 militares, 57 agentes da polícia, além de 4.629 feridos; não há informações conclusivas sobre o número de reféns levados pelo Hamas, quantia pode chegar a 200 pessoas;
  • O Hamas é uma organização militar, política e social que comanda a Faixa de Gaza desde 2007, quando venceu as eleições legislativas palestinas. O grupo é considerado uma organização terrorista por países da União Europeia e pelos Estados Unidos, mas não pela ONU;
  • A Faixa de Gaza vive sob um intenso bloqueio terrestre, aéreo e marítimo, com restrições de entrada de suprimentos básicos, desde 2007, sendo considerada uma 'prisão a céu aberto' por analistas, pesquisadores e entidades de direitos humanos;
  • Os palestinos reivindicam a criação de seu estado (que inclui a Cisjordânia) desde 1948; 
  • Em 7 de outubro, o Hamas realiza a maior onda de ataques contra Israel;
  • Benjamin Netanyahu declara guerra ao Hamas e fala em destruir o grupo; 
  • Israel intensifica o bloqueio a Faixa de Gaza cortando o abastecimento de energia elétrica, combustível e água, criando uma crise humanitária sem precedentes em Gaza;
  •  Hamas ameaça matar os reféns israelenses em retaliação à resposta militar israelense;
  •  Israel prepara uma invasão por terrestre à Gaza;
  • Entidades alertam para o risco de agravamento da crise humanitária em Gaza. Com os hospitais e necrotérios sobrecarregados, palestinos usam carros de sorvete e refrigeradores de alimentos para armazenar corpos;
  • 1 milhão de palestinos deixaram as suas casas em busca de refúgio no sul de Gaza; a população total da Faixa de Gaza é de 2.3 milhões, sendo 47% crianças;
  • Bombardeio ao hospital Hospital Batista Al-Ahli, em Gaza, deixou ao menos 500 mortos; Israel acusa Jihad Islâmica do bombardeio, grupo nega;
  • Representante palestino na ONU pede um cessar-fogo imediato;
  • Governo já repatriou mais de 1.135 brasileiros na operação Voltando em Paz;
  • Estados Unidos veta a resolução brasileira no Conselho de Segurança da ONU;
  • A terceira Igreja mais antiga do mundo, a São Porfírio, localizada na Faixa de Gaza, foi bombardeada na noite de quinta-feira, 19;
  • Hamas liberta duas reféns norte-americanas, negociação foi feita por intermédio do Catar;
  • Mais de 100 camiões aguardam no lado egípcio da fronteira de  Rafah para entrar em Gaza com ajuda humanitária;
Fonte: Redação Terra
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