EUA enviam três navios de guerra com 4.000 militares à costa da Venezuela para combater cartéis de drogas, enquanto Maduro mobiliza 4,5 milhões de milicianos em resposta às ameaças americanas.
Karoline Leavitt, porta-voz do governo de Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 19, que os Estados Unidos estão se preparando para "usar todos os elementos do poder americano para impedir que drogas inundem nosso país e para levar os responsáveis à justiça", em referência ao presidente Nicolás Maduro, da Venezuela.
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A declaração ocorreu durante uma coletiva de imprensa da Casa Branca. Quando questionada sobre os navios de guerra dos EUA, que estão sendo enviados para a Venezuela com 4.000 fuzileiros a bordo, Leavitt respondeu que Trump tem sido "claro" e "consistente" com seu posicionamento em relação a Maduro.
"O regime de Maduro não é o governo legítimo da Venezuela. É um cartel de narco-terrorismo. Maduro não é um presidente legítimo. Ele é o chefe fugitivo desse cartel, que foi indiciado nos Estados Unidos por traficar drogas para o país", disse.
Segundo a Reuters, os EUA enviaram três navios à costa da Venezuela na segunda-feira, 18, com cerca de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais. Fontes informaram à agência de notícias que o deslocamento é parte de uma ação do governo Trump que tem a intenção de "enfrentar ameaças dos cartéis de drogas latino-americanos".
Em resposta ao que chamou de "ameaças" dos Estados Unidos, Maduro anunciou, ainda na segunda-feira, a mobilização de 4,5 milhões de milicianos como parte de um "plano especial" para defender a "soberania e a paz da Venezuela".
"Vou ativar nesta semana um plano especial para garantir a cobertura, com mais de 4,5 milhões de milicianos, de todo o território nacional, milícias preparadas, ativadas e armadas", declarou o presidente durante uma transmissão ao vivo.
No início deste mês, a procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, informou que o governo Trump aumentou para US$ 50 milhões (cerca de R$ 271,8 milhões) a recompensa pela prisão de Maduro. A Casa Branca acusa o presidente venezuelano de atuar como um dos principais narcotraficantes do mundo e de representar uma ameaça à segurança dos EUA.