Governo chinês emite alerta de risco para viagens aos Estados Unidos

País asiático recomenda que cidadãos avaliem cuidadosamente os riscos em meio a tensão entre as duas nações

9 abr 2025 - 16h55
(atualizado às 19h17)
Xi Jinping
Xi Jinping
Foto: Getty Images

A China emitiu um alerta de risco a seus cidadãos para viagens aos Estados Unidos. O comunicado, que aponta a "deterioração das relações" entre os dois países como justificativa para a decisão, foi divulgado pelo Ministério da Cultura e Turismo da China nesta quarta-feira, 9.

"Recentemente, devido à deterioração das relações econômicas e comerciais entre China e EUA e à situação da segurança interna nos Estados Unidos, o Ministério da Cultura e Turismo alerta os turistas chineses para que avaliem cuidadosamente os riscos de viajar para os Estados Unidos e tomem cuidado", diz o comunicado.

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No início da tarde desta quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comunicou que irá elevar a taxa sobre os produtos importados da China para 125%. Segundo o presidente americano, o aumento da tarifa sobre o país asiático é em resposta "à falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais".

Antes de Trump elevar de 104% para 125% as tarifas, a China havia informado que iria impor tarifas de 84% aos Estados Unidos, acima das de 34% anunciadas anteriormente, em resposta ao movimento do presidente republicano de taxar os produtos chineses. A tarifa adicional passa a valer a partir desta quinta-feira, 10, segundo anunciado pelo Ministério das Finanças chinês.

Em um comunicado enviado à Organização Mundial do Comércio (OMC), a China afirmou que a decisão dos EUA de impor o tarifaço ameaça desestabilizar o comércio global e considerou que "a situação se agravou perigosamente". "Como um dos membros afetados, a China expressa profunda preocupação e firme oposição a essa medida imprudente", diz o texto, acessado pela agência Reuters.

A China também afirmou em uma reunião da OMC sobre comércio de bens que as tarifas recíprocas violavam as regras da organização e minavam o sistema multilateral de comércio. "Tarifas recíprocas não são --e nunca serão-- uma cura para os desequilíbrios comerciais. Em vez disso, elas sairão pela culatra, prejudicando os próprios EUA".

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Fonte: Redação Terra
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