França diz que ressuscitar acordo nuclear com Irã ainda é algo distante

12 jan 2022 - 08h41

O Irã e as potências mundiais ainda estão longe de qualquer acordo para ressuscitar um pacto nuclear de 2015, apesar de terem feito alguns progressos no final de dezembro, disse o ministro das Relações Exteriores da França na terça-feira.

As conversações indiretas entre o Irã e os Estados Unidos sobre o resgate do acordo nuclear iraniano de 2015 foram retomadas em 3 de janeiro.

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Os diplomatas ocidentais indicaram que esperam ter um avanço até o final de janeiro ou início de fevereiro, mas diferenças acentuadas permanecem com as questões mais difíceis ainda não resolvidas. O Irã rejeitou qualquer prazo imposto pelas potências ocidentais.

"As discussões estão em andamento. Elas são lentas, muito lentas e isso cria uma lacuna que compromete a chance de encontrar uma solução que respeite os interesses de todos os lados", disse Jean-Yves le Drian a uma audiência parlamentar.

"Foram feitos alguns progressos no final de dezembro, mas ainda estamos longe de concluir esta negociação."

A oitava rodada de negociações, a primeira sob o novo presidente de linha dura do Irã, Ebrahim Raisi, foi retomada após acrescentar algumas novas exigências iranianas a um texto de trabalho.

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O Irã se recusa a se reunir diretamente com funcionários dos EUA, o que significa que outras partes --Grã-Bretanha, China, França, Alemanha e Rússia-- devem fazer um vaivém entre os dois lados.

Pouco resta do acordo que levantou as sanções contra Teerã em troca de restrições a suas atividades nucleares. O então presidente norte-americano, Donald Trump, tirou Washington do acordo em 2018, reimpondo as sanções dos EUA, e o Irã mais tarde quebrou muitas das restrições nucleares do acordo e continuou a ir muito além delas.

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